quarta-feira, 14 de julho de 2010

Just close your eyes and listen

Nhai, vou ser sincera e dizer que nem estou muito no clima de postar, mas como escrever vem um pouco de costume, sei que se ficar mais um tempinho sem digitar umas palavrinhas, abandono de vez... Entonces, aqui estou eu, depois de um dia de trabalho com a mente longe - culpa do iPod.

Acredito que todos nós temos uma memória musical, aquela coisa de uma música tocar e a gente lembrar de uma pessoa especial, de uma época da vida ou até mesmo de um lugar. Como a minha memória auditiva funciona até com barulhos, músicas são como um combustível fortíssimo. É ouvir um assobio e lembrar de alguma coisa.

Ultimamente eu ando meio nostálgica, lembrando da minha época do segundo grau, do colégio, das pessoas que conheci, mas mais importante, das coisas que aprendi. Não, não é papo nerd. Não estou falando das aulas de Bio ou coisa do gênero, estou falando do melhor aprendizado que existe, do aprendizado que a gente leva para a vida toda. Aprendizado de como ser gente - ou tentar ser.

E hoje a minha nostalgia estava atacada.
Cheguei no trabalho às 7h, resolvi as coisas que precisavam ser resolvidas com mais atenção e coloquei os fones no ouvido. Pronto. Meu corpo estava ali, na frente do computador trabalhando, mas minha cabeça estava em diferentes épocas da minha vida, com diferentes pessoas. Isso é bom... A cada lembrança, repassava coisas que fiz ou falei e tive uma visão atual sobre meu comportamento passado, o que me levantou boas questões, mas isso fica para outro post.

Acho que posso ficar o dia inteiro ouvindo músicas,olhos fechados,  pensando e repensando na vida. Às vezes me pego até procurando por determinadas músicas para ter mais facilidade de recordar de algo e poder elaborar algumas coisas. Recordar, repetir e elaborar... Freud explica.

Mas vamos ao que interessa a alguns leitores curiosos, quais músicas? Quais lembranças? Me dei (sei que o certo é dei-me, mas acho feio) ao trabalho de escrever num bloquinho as músicas que tocavam e me lembravam alguma coisa para colocar aqui. E vou aproveitar e colocar as músicas que estão tocando enquanto escrevo também, nunca é demais.

  • Kathy's Song, Simon & Garfunkel - Bom, essa música foi presente na minha vida em diversos momentos, mas assim que comecei a ouvir lembrei da vitrola, do disco em vinil, do pinheiro em frente à janela... Final de semana na casa do namorado. Aventurando a ajudar na cozinha enquanto o jantar era preparado. Nada como estar no Rio e me sentir na serra, acho que me ajuda a matar um pouco a saudade que eu tenho de Itatiaia.
  • Breathing Life, Udora - Lembra alguns anos atrás. Uma época em que aconteciam coisas muito boas seguidas de coisas muito ruins. Rendeu boas lições de vidas e algumas reflexões das quais citei ali em cima, que ficariam para um próximo post. Cheguei a conhecer a galera do Udora ao vivo, devo dizer que são extremamente simpáticos, mas que sinto falta da época em que eles cantavam em inglês, com o antigo nome Diesel. As músicas de hoje são ótimas, mas não significam tanto para mim...
  • Son of a Preacher, Dusty Springfield - Meu primote. Não sei porque essa música me lembra ele, mas lembra. Especificamente uma noite em que estávamos em um grupo de maravilhosos amigos em Campos do Jordão, bebendo, rindo e ouvindo música e quando essa música tocou, eu virei para ele e disse "Primote, essa música me lembra muito você!!!" e ele me olhou com a cara típica dele de "Pq?!" e começou a rir... Amo muito, morro de saudades e fico muito feliz de saber que daqui a alguns dias vou vê-lo e colocar todo o papo em dia.
  • Better Together, Jack Johnson - Não sou muito fã do JJ, mas essa música me lembra uma amiga do colégio. Uma amiga que me disse uma vez que amava essa música, que ficava emocionada quando ouvia e que sonhava em encontrar uma pessoa que escrevesse algo assim. Uma amiga que continua no Rio, que não vejo muito, mas que continua sendo extremamente especial para mim.
  • Catch My Disease, Ben Lee - Seu codinome é Henrique e ele é simplesmente maravilhoso. Pessoa especial para todas as horas, tenho a sorte de ter essa pessoa na minha vida há 6 anos (ou mais?). Muito mais do que um amigo, minha versão masculina. Enfim, não vou falar muito, porque senão ele vai ficar metido. ;)
É isso! Se você não está aqui, não significa que não tenho uma música para você. Ela simplesmente não tocou hoje durante a minha labuta ou enquanto eu escrevia esse pequeno post, que acabou ficando nem tão pequeno assim...

Acho que o costume de escrever está voltando.

3 comentários:

Rafa disse...

É fato que escrever é costume, mas também acho que escrever é paixão pelas palavras e pelo que leio... Tu tens isso. Não pare com o teu blog... É sempre bom ler textos inteligentes, humorados e que nos fazem pensar. Isso... Se encontra por aqui.

"Acho que posso ficar o dia inteiro ouvindo músicas,olhos fechados, pensando e repensando na vida"

Eu também.

Perco as horas escutando música. Viajo, penso mil coisas, faço vários sonhos e planos. Música me inspira e me dá idéias... Desde escrever até tomar alguma decisão ou algo parecido.

Existem certas músicas que também me trazem memórias, mas confesso que não muito. Embora seja legal sempre relembrar um momento bacana marcado por alguns acordes marcantes.

Dusty Springfield é muito bacana.

PS: Eu achei que só eu gostava da banda quando ela se chamava "Diesel" e não Udora. uhauahuahua

Beijos!

Raphael disse...

Música é realmente fascinante. Amigos também são.
Relacionar amigos, lembranças e música acaba sendo um combustível, o 'kefi' da pessoa.
Tive a sorte de conhecer muitas múscias através de ti - considero DMB a melhor aquisição - e relacionar muitas lembranças a elas.
Porém, contudo, entretanto, todavia, nãoo teria melhor música pra lembrar de mim se não 'Catch My Disease' - salvo o tecnobrega de nossa amiga paraense! rs
Lembro, com muito carinho, de quando me apresentou a música de Ben Lee!!!!
Sorte tenho eu de ter conhecido minha versão feminina há 5 anos, embora pareça 6 ou mais!!! =P
Vou para SP e inventaremos codinomes novos!!! XD

Beijão!!!!!

Isadora P. disse...

Boa seleção, moça!

Adoro Son of a preacher! Já ouviu a versão da Aretha Franklin? Muito boa também...

Beijos!