segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Engaiolada

Cansada... Cansada e sem inspiração.
Minha cabeça tem estado a 1000km/h, pensado em milhares de coisas ao mesmo tempo e quando eu sento na frente do computador para escrever, puf! - tudo foge.

Tento parar e focar em algum sentimento para colocar no papel, mas não consigo. Acho que o excesso de sentimentos acaba atrapalhando no foco em somente um. Não consigo me concentrar e em algumas tentativas frustradas, me irrito e mando tudo para o quinto dos infernos.

Não sei o que está acontecendo...

Mentira, sei o que está acontecendo. É exatamente isso. São muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, muitas possibilidades no futuro, mas nenhuma certeza. Isso me incomoda. Não saber o dia de amanhã, ou pelo menos não ter uma boa ideia do que acontecerá no futuro me incomoda. Muito.

Mudei de "setor" na empresa, tenho trabalhado muito... Minha cabeça não está funcionando direito. Ando naquela fase de parar no meio de uma frase e não lembrar de uma palavra básica que faça sentido. Fico com aquele nervoso babaca, tentando lembrar da palavra e às vezes, só consigo 1 ou 2 minutos depois.  Isso sem contar nas tonturas que tenho tido... São poucas, de vez em quando, mas vêm e vão do nada e eu fico que nem uma pateta chapada.

E o sentimento de não saber o que fazer!!! Grrrr, que raiva que eu tenho desse sentimento! Raiva de ter plena consciência que não tenho controle sobre o dia de amanhã, consciência de que determinadas coisas não dependem somente de mim e que, por melhor que eu faça algo, não quer dizer que eu vá conseguir o resultado almejado.

Estou sem concentração... Acho que fico tão concentrada no meu trabalho, que chego em casa e fico perdida. Não paro quieta em nada e escrever aqui toma o dobro do tempo que tomava no começo. Parece que nada fica bom, que nada consegue mostrar exatamente o que eu estou sentindo. Na verdade não parece, realmente não consegue. É complicado falar sobre um turbilhão de coisas ao mesmo tempo, principalmente quando as palavra lhe fogem à mente.

Corre-corre o dia inteiro. Hoje só fui almoçar às 15h, dois salgadinhos, depois de resolver pepinos desde as 8h30. Sentei no café com as mãos tremendo, pressão baixa e sentindo adrenalina a mil. Pura pressão. Tudo para resolver para ontem, resolver problemas alheios, dar um jeito em tudo. Pela primeira vez na vida.

Sentimento de passarinho preso no peito, fazendo força para ir embora. Mas é tanta força que me parece que vai sair quebrando as costelas, qualquer coisa, a qualquer custo, para fugir. Ah, se ele conseguisse... Se eu pudesse simplesmente abrir a gaiola e deixá-lo ir embora. Pelo menos eu não sentiria tanto ele se debatendo (demorei uns 2 minutos para lembrar desse verbo, estou dizendo...) aqui dentro. Ou então ele poderia se acalmar. Mas como se acalmar se eu mesma estou neurótica nervosa?

Hoje brinquei que fumaria 497 cigarros quando chegasse em casa. Ainda não fumei nenhum. Não sei se o passarinho aqui dentro curtiria tanto cigarro... Acho que ele desmaiaria e quando acordasse, voltaria com a força toda... E então? O que fazer para distraí-lo? Acalmá-lo? Mostrar que aqui dentro nem é tão desconfortável assim?

É, acho que 497 não são necessários, mas 1 só... Um cigarrinho para mim e Persons Unknown e True Blood para o querido pássaro aqui dentro? Pode ser...

Sabe como é, já dizia o Tiririca: pior do que está, não fica.





Mentira, pode ficar sim. 
Bate na madeira três vezes e joga sal por cima do ombro, para a brincadeira não virar coisa séria.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O preço da desorganização - R$48,00

Aviso logo aos leitores: se não estiverem com vontade de ler um post sem assunto definido, não comecem a ler este. Acredito que abaixo virão algumas conjecturas, assuntos perdidos e soltos. Pronto, aviso dado. Agora é por sua conta e risco.

Cheguei mais cedo da empresa hoje. Meio mal-humorada, por sinal. Odeio falta de organização. Não que eu seja a pessoa mais organizada do mundo, muito pelo contrário, mas quando minha atitude envolve outras pessoas, tento ser o mais exata e organizada possível.

Vamos ao causo.
Hoje foi dia de treinamento sobre Sustentabilidade para nós trainees. Até aí, ótimo, adoros os treinamentos que tenho, normalmente são super interessantes e conseguem envolver todo o grupo de trainee, das 2 companhias. Maaaaas, porém, todavia, contudo, não sei qual é o problema que todos os treinamentos são marcados na quarta, meu querido dia de rodízio.

Invitations no Outlook vêm, invitations vão, ficou marcado que o treinamento começaria às 8h30 e terminaria às 17h30, o que significa que eu ou iria de carro e ficaria das 7h até as 20h, ou iria e voltaria de táxi. Claramente escolhi a segunda opção, porque parto do princípio que qualidade de vida é algo importante e que ficar 13h no trabalho é impensável complicado.

Ótimo! 26 contos depois, chego no treinamento. Já meio irritada com a falta de caráter do meu taxista, que escolhe a dedo as faixas mais lerdas e ainda tem a audácia de criticar o modo de dirigir de um velhinho do carro ao lado. Sim, o velhinho estava com a seta para a esquerda há séculos e mudava de pista para a direita, mas ainda assim!!!

Mas ok. Encontrei o pessoal, comecei a conversar, rir e de repende, ouço que o treinamento iria terminar às 16h. Eu poderia ter ido de carro e economizado meu suado dinheirinho!!! Obviamente que fui reclamar e ainda fico sabendo que foi enviado um update às 20h do dia anterior. Sério?! Eles realmente esperam que os funcionários fiquem mais de 12horas na empresa? Cadê a vida pessoal, o tempo de descanso, a hora pessoal?!

Respirei fundo, lembrei de ser zen - agora que estou fazendo yoga estou investindo no meu lado zen de ser - e resolvi me sentar e prestar atenção no treinamento que já ia começar.

Vou dizer, a minha sorte foi sentar com ótimos amigos à mesa, porque diferente de todos os outros treinamentos que fiz, esse foi uma bosta decepcionante. A palestrante falou durante uns 10 minutos e soltou um trabalho para ser feito em equipe. Pronto. Foi isso.

Sem interação, sem midia, sem absolutamente nada motivador. É claro que em 5 minutos ninguém mais estava prestando atenção no trabalho a ser feito e todos conversavam e riam. Me senti no colégio, fazendo bagunça enquanto os professores assistiam...

Horário de almoço, intervalo e voltamos ao treinamento, que deveria chegar até as 16h. O problema é que ninguém estava mais interessado no treinamento, até porque não estávamos sendo treinados em absolutamente nada. Resultado? Fomos liberados às 15h30! Sem a menor paciência para ir até a empresa depois disso, e contando com o fato de que todos sabiam que hoje era meu dia de rodízio, paguei mais 22 contos e vim de táxi para casa.

Agora me digam, custava ter um pouco mais de organização? Assim, eu economizaria quase 50 reais. 50 reais esses, que eu poderia gastar indo ao cinema e comendo besteira em algum lugar.

E custava planejar um treinamento mais interessante??? Assim não perderíamos 1 dia inteiro de trabalho para absolutamente nada, que foi o que aconteceu hoje.

É... pensei que o post não fosse ter um assunto único, mas me enganei. Tenho várias outras coisas passando aqui pela minha cabeça, mas se fosse escrever todas, isso ficaria ainda maior e com certeza ninguém teria paciência para ler. Fico por aqui.

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Só mais uma coisa!
Alguém viu "500 Dias Com Ela"?

Estou numa discussão sobre o final do filme e gostaria da opinião de vocês: no final, o Tom superou ou não a Summer? Ela será para sempre o caso mal resolvido dele, aquela mulher que para ele vai ser sempre uma sombra, uma comparação para as futuras mulheres? Ou ele virou a página, percebeu que ela não era A mulher para ele e está aberto a novos relacionamentos tranquilamente?

Por favor, opinem!!!!
E se não tiverem visto, aluguem e vejam. Sério.
"The following is a work of fiction. Any resemblance to persons living or dead is purely coincidental. Especially you Jenny Beckman. Bitch."

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

;)

Comecei a Yoga hoje.
Braços e pernas doem, mas me sinto extremamente zen. Deixei minha vida vegetal para trás (pelo menos por enquanto).

Maaaaaaas, mudando completamente de assunto...

Sem vontade de escrever, só vou colocar uma música que ouvi ontem no bar Bom Motivo e que lembrou da minha infância. Uma das primeiras músicas que a minha mãe me ensinou... Lembro de ficarmos horas revesando entre ela e a Leãzinho, do senhor Caê.

Clássico dos clássicos do meu amado Chico Buarque. Ando numa fase Chico de ser.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Puppie love

Sim, eu sei que estou há milênios sem ecsrever aqui, mas minha vida estava numa fase nada inspiradora, várias questões e problemas que eu não achava postáveis (pelo menos não por enquanto) e o meu ânimo foi indo embora até eu resolver mandar um dane-se e seguir em frente...

Mas agora estou aqui para mais uma questão pela qual estou passando no maravilhoso mundo de se morar sozinha : ter ou não ter um animal de estimação.

Sempre fui uma pessoa apaixonada por cachorros, tive a minha vida inteira, até começar a cogitar a ideia de ter gatos... Passava pelas lojas e quando via um gatinho, ficava pensando em como seria ter um em casa, um bicho mais independente, mas ao mesmo tempo carinhoso. Um bicho que não dá tanto trabalho, mas que ao mesmo tempo pode ser independente demais e não estar nem aí para o dono.

Depois de convencer minha família e nossa cachorrinha morrer, compramos uum gato e eu comecei a achar que talvez, quem sabe, eu fosse uma cat/dog person. Sem preferências, somente fases, o que pode ser complicado, porque minhas fases mudam em menos de 15 anos e se eu sair comprando um gato e depois um cachorro, as coisas podem ficar meio zoneadas em casa - sem falar claro, na falta total de espaço.

Agora me encontro num dilema. Moro sozinha e sinto muita falta de um bichinho para me fazer companhia nos dias solitários e noites idem. Entonces, resolvi adotar algum bichinho de um abrigo, algum que precise de uma casa urgentemente e que fique feliz de ser paparicado horrores.

Agora: cato ou cachorro?!

Um cachorro faz muito mais companhia, brinca mais, é mais carinhoso, pula quando vê o dono, dorme na cama, vira de barriga para cima para ganhar carinho... Mas ao mesmo tempo precisa passear todos os dias, eu não posso deixá-lo sozinho no meu apartamento quando for passar o final de semana no Rio e não posso me esquecer do jornal sujo de xixi e cocô.

Já um gato faz as necessidades na areia, não precisa passear, se dá banho constantemente (reduzindo meus gastos com petshop, que se limitariam a 1 banho por mês), pode ficar tranquilamente em casa durante o final de semana e me respeitaria quando eu estivesse naqueles dias sem vontade de dar atenção a nenhuma alma viva. Em compensação, está longe de ser tão companheiro quanto um cachorro, não vai pular nunca e até é brincalhão, mas num modo meio altista de ser...

E agora, José? O que eu faço?

Sinceramente? No momento o que eu mais queria era um filhote babão de cachorro. Ok, sem a parte do babão, mas vocês entenderam o que eu quis dizer. Mas quando penso nas funcionalidades, em como seria viajar, vejo que é impossível. Cachorro é como filho e eu não posso ser mãe solteira nesta altura da minha vida, viajando quase 2 finais de semana por mês.

Enfim, é isso... Fico tentando achar um modo de achar viável ter um cachorro, mas estou vendo que é impossível...

Então, caros leitores, por favor, se vocês conseguirem achar uma brecha e um modo de eu ter um canino por aqui, me ajudem resolver meu puppie love... Please.