terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dia 24 - Seu lugar favorito

Meu lugar favorito é, sem dúvida alguma, o meu quarto. Posso ter o pior dia da vida, sair estressada do trabalho, brigar com a mãe, com o namorado, com o mundo inteiro, mas assim que coloco os pés no meu quarto, deito na minha cama e ligo a televisão, tudo some.

É meu refúgio. Principalmente hoje, que tenho uma cortina blackout e posso dormir até simplesmente abrir os olhos, sem ficar incomodada com a claridade que vem lá de fora... Nada melhor do que isso nos finais de semana; saber que vou poder realmente descansar, sem precisar pensar em horas e nada do gênero.

Entretanto, não sei se "meu quarto" conta como lugar, então achei válido escolher um lugar que infelizmente não faz mais parte da minha vida por causa do preço salgado. Um lugar aonde fui muito quando era criança, que já fui algumas vezes discutir relação e até mesmo, assistir shows. Onde eu posso sentar para tomar um refrigerante e ver a melhor vista do Rio de Janeiro, mas ao mesmo tempo, se quiser me sentar em um lugar mais tranquilo para pensar na vida, também consigo.

Onde, onde, onde?
Pão de Açúcar!!!

Então, se algum dia você quiser ter uma conversa séria comigo, ou simplesmente me ver feliz em sentar em uma lanchonete e não fazer nada, super aceito um convite para o local previamente citado, ok?

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Dia 23 - Um vídeo do Youtbe

Nunca fui uma frequentadora assídua do Youtube... na verdade, sempre sou a última pessoa a conhecer as tendências, os filmes bonitinhos de bichos e as modas engraçadas com frases de defeito.

Por isso, vou colocar aqui um dos poucos filmes que dos quais fiquei sabendo enquanto eles estão na moda. Mas além disso e principalmente, colocarei aqui porque é uma causa que eu acredito e defendo. Faça a sua parte.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Dia 22 - Um site

Fiquei pensando qual site poderia colocar aqui, até porque, como disse há dois posts atrás, costumo visitar sempre os mesmos sites. Meu roteiro não muda faz um tempinho já!

Então, decidi não colocar somente 1, mas colocarei 3 sites aqui. Vamos lá:
  • EZTV - para séries, filmes etc...
  • Cinema em Cena - para novidades e curiosidades sobre cinema 
  • Forum OmegaGeek - forum de discussões variadas, ponto de encontro de cabeças pensantes (e não pensantes em alguns momentos)
Acredito que existem outros bons sites por aí. Por sinal, um me veio à cabeça agorinha mesmo, mas não vou então colocarei aqui também! Afinal, onde cabem 3, cabem 4.
  • CupcakEtc - Pronto! O último! Esse é para as moçoilas que lêem o blog e têm interesse em um site feminino com dicas e novidades.
Espero que gostem!!!! ;)

domingo, 17 de outubro de 2010

Dia 21 - Uma receita

Brigadeiro de Nutella

Ingredientes:
1 lata ou caixinha de leite condensado
1 colher de sopa de Nutella (ou mais, se você quiser)
1 colher de sopa de margarina ou manteiga

O modo de preparo é igualzinho um brigadeiro normal: mistura tudo e leva ao fogo sempre mexendo até conseguir ver o fundo da panela em uma das "mexidas".

Brigadeiro de Nutella da Larissa

Antes que me perguntem como fica: nunca fiz!!!! Está na minha listinha de "To do"  há um tempo e todo mundo me cobra, mas ainda não encostei minha barriga no fogão para fazer.

Então de onde é está foto? Da fonte, oras!
Tópico de receitas no meu querido Forum Omega Geek.

Algo simples, fácil e prático. Uma daquelas receitas para qualquer hora, para quando queremos algo gostoso enquanto vemos televisão ou quando estamos em uma crise emocional... Nada como brigadeiro. Brigadeiro + Nutella, então...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Dia 20 - Um hobby

Post metalinguístico... Meu hobby obviamente é ficar na internet, navegando por aí, pulando de site em site e depois refazendo o mesmo ciclo, só para checar se há alguma novidade.

Nova participante do forum Omega Geek, uma vez que meu querido Bird, morreu. Navego entre as notícias e tópicos mais desconexos do universo internérdico. Desde sexo e poucas vergonhas, até políticas e últimas eleições, passando por artes, gastronomia, papo de boteco e coisas afins... Lugar de pessoas diferentes com objetivos comuns.

Não posso esquecer, meus blogs favoritos, que merecem leitura diárias, Facebook, Orkut (pelo menos uma olhada, mas não tenho mais paciência), O Globo entre outros. Nada melhor do que passar meu tempo buscando por novidades e atividades anti-tédio.

Ok... The Sims 3 também. Não sei porque, mas esse jogo me viciou completamente. Desde o primeiro, acho que dou asas à minha veia arquiteta e consigo empurrar meu instinto maternal por mais alguns anos (nada como fazer seu Sim ter 3 filhos de uma vez só). Acredito que não só é um hobby para mim, mas um alívio para o meu namorado.

E por último, mas nem de longe menos importante. Séries. Amo. Torrent é minha salvação e os sites EzTv (para séries) e Legendas.tv (para legendas em geral) são minha fonte e raramente me deixam na mão. Então, se você estiver procurando por séries interessantes para assistir, mas não souber de nenhuma, segue a minha lista!
  1. House
  2. Gossip Girl
  3. How I Met Your Mother
  4. Glee
  5. Persons Unknown (mini série - somente 1 temporada)
  6. Grey's Anatomy
  7. Pravite Practice
  8. The Mentalist
  9. Drop Dead Diva
  10. Medium
Sim, muitas delas são de mulherzinha e algumas um tanto vazias e fúteis, mas meu momento de assistir séries é para isso mesmo. Desligar do mundo, ver coisas burras e simplesmente me divertir.

Agora, com licença, vou instalar minha última extensão de The Sims 3, que comprei saindo do meu primeiro dia no novo emprego. ;)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Dia 19 - Um talento seu

Sumi, mas não morri!

É difícil falar sobre um talento meu... Acho que os outros sabem melhor do que eu e ficar tentando descobrir é um saco, porque não é como se eu tivesse um talento muito óbvio como cantar, atuar, pintar ou coisas assim facilmente percebidas. Pensei então em dizer que um talento meu era escrever, mas achei um tanto arrogante e talvez equivocado, o que me fez demorar mais.

Apelei então para o namorado. Virei na cara dura e disse "Meu próximo post será sobre um talento meu, e aí? O que eu digo?". Depois de ouvir algumas brincadeirinhas sobre meus talentos, a resposta foi que uma coisa que eu sei fazer é dar presentes certos. Para alguns, esse talento pode ser frívolo, mas eu acho bastante importante... Principalmente porque odeio aqueles momentos em que tenho que comprar alguma coisa para alguém e me pego pensando em o que dar para alguém e não ter ideia.

Pensando um pouquinho mais, cheguei a uma conclusão. Acho que você só sabe dar bons presentes para as pessoas se você conhece realmente, não é só chegar em qualquer loja e comprar a primeira coisa que aparecer na frente, certo? Então acredito que o meu "talento"  de saber dar presentes, vem de um real talento que é ter facilidade para ler as pessoas, para conhecer as pessoas.

Levando em consideração que sou Psicóloga, isso até tem uma certa lógica. Chegamos àquele ponto em que não se sabe se fiz Psico porque sei ler as pessoas, ou se sei ler as pessoas porque fiz Psicologia.

Mas como isso aqui não é propaganda de biscoito e o meu talento nato - ou não (Caetano ficaria orgulhoso) - já foi aqui descoberto e citado, vou me despedindo e começando a pensar no próximo post, para não demorar tanto.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Dia 18 - Um poema

Não Comerei da Alface a Verde Pétala
Vinicius de Moraes

Não comerei da alface a verde pétala
Nem da cenoura as hóstias desbotadas
Deixarei as pastagens às manadas
E a quem maior aprouver fazer dieta.

Cajus hei de chupar, mangas-espadas
Talvez pouco elegantes para um poeta
Mas peras e maçãs, deixo-as ao esteta
Que acredita no cromo das saladas.

Não nasci ruminante como os bois
Nem como os coelhos, roedor; nasci
Omnívoro: dêem-me feijão com arroz

E um bife, e um queijo forte, e parati
E eu morrerei feliz, do coração
De ter vivido sem comer em vão.




Quaisquer semelhanças com a minha realidade não são meras coincidências. ;)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dia 17 - Uma obra de arte (pintura, desenho, escultura etc)

The Moon - Mucha
Porque seus traços são femininos e leves Porque eu posso ficar horas olhando as pinturas dele, tentando descobrir qual é a melhor de todas. Porque eu já coloquei a "Night's Rest" no meu perfil do Facebook. Poque esta é a imagem do meu marca páginas .

Porque Alphonse Mucha é simplesmente um gênio.

domingo, 26 de setembro de 2010

Dia 16 - Uma música que faz você chorar (ou quase)

Acho esse tópico meio difícil... Algumas músicas me fazem chorar, mas todas dependem do momento que estou vivendo, da fase em que estou na minha vida. Acho que isso é com todo mundo, não?

Pensando assim, achei válido colocar uma música que me fazia chorar simplesmente por ouví-la, sem estar relacionado a alguma dor de cotovelo ou a alguma cena de filme que me emocionasse.


Freud explica, tenho certeza...

sábado, 25 de setembro de 2010

Dia 15 - Uma fotomontagem

Eu não tenho Photoshop, não tenho paciência e acho que não tenho talento e nem materiais necessários para postar aqui uma fotomontagem de minha autoria, então apelei para o pai de todos: Google.

Fui procurando por aí, alguma montagem que eu achasse legal e acabei esbarrando com essa:

Não está em uma ótima qualidade, mas já tinha esbarrado com essa montagem por aí e tinha adorado. Recebi por e-mail uma sequencia de trabalhos do mesmo cara e posso dizer que são uma melhor do que a outra. Infelizmente não achei o e-mail e não lembro o nome do artista, mas se encontrá-lo sem querer por aí, posto aqui!

E se algum de vocês souber quem é, por favor, speak up!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Dia 14 - Um livro não-ficional


Simples assim...
Para quem gosta de neuro ciência, esse é um ótimo livro. São 7 casos independentes de pessoas com problemas neurológicos, tratatos pelo dr Oliver Sacks.

Eu, como boa psicóloga com uma queda para casos estranhos, amo!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Dia 13 - Um livro de ficção

Olha, por pouco eu não coloco Harry Potter aqui, viu? Mas pensei, pensei, pensei e resolvi colocar...

Tã tã tããããããã...

Porque esses 4 livros foram os responsáveis pela minha paixão por leitura, pela minha vontade de nomear meu filho de Arthur e pelo meu amor pela Bretanha. Li há uns 10 anos, mais ou menos, mas lembro como se fosse ontem de deitar e ler, esquecer almoço, jantar, virar noite e não me importar de ter que acordar cedo para ir ao colégio.

Inspiraram um filme bem péssimo, com a médica do ER... Então por favor, se alguém viu o filme, mas não leu o livro, corrija esse terrível erro o mais rápido possível. A Morgana não merece. Sério.

E para quem não acredita que esse livro possa ter originado um filme tão ruim, dá uma olhadinha aqui embaixo!


Agora você acredita?

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dia 12 – Um conto

Não sou grande conhecedora de contos, não costumo lê-los, então postarei aqui uma sugestão que me foi dada e que gostei bastante.


O coração delator
Edgar Allan Poe

É verdade! Nervoso, muito, muito nervoso mesmo eu estive e estou; mas por que você vai dizer que estou louco? A doença exacerbou meus sentidos, não os destruiu, não os embotou. Mais que os outros estava aguçado o sentido da audição. Ouvi todas as coisas no céu e na terra. Ouvi muitas coisas no inferno. Como então posso estar louco? Preste atenção! E observe com que sanidade, com que calma, posso lhe contar toda a história.

É impossível saber como a idéia penetrou pela primeira vez no meu cérebro, mas, uma vez concebida, ela me atormentou dia e noite. Objetivo não havia. Paixão não havia. Eu gostava do velho. Ele nunca me fez mal. Ele nunca me insultou. Seu ouro eu não desejava. Acho que era seu olho! É, era isso! Um de seus olhos parecia o de um abutre - um olho azul claro coberto por um véu. Sempre que caía sobre mim o meu sangue gelava, e então pouco a pouco, bem devagar, tomei a decisão de tirar a vida do velho, e com isso me livrar do olho, para sempre.

Agora esse é o ponto. O senhor acha que sou louco. Homens loucos de nada sabem. Mas deveria ter-me visto. Deveria ter visto com que sensatez eu agi — com que precaução —, com que prudência, com que dissimulação, pus mãos à obra! Nunca fui tão gentil com o velho como durante toda a semana antes de matá-lo. E todas as noites, por volta de meia-noite, eu girava o trinco da sua porta e a abria, ah, com tanta delicadeza! E então, quando tinha conseguido uma abertura suficiente para minha cabeça, punha lá dentro uma lanterna furta-fogo bem fechada, fechada para que nenhuma luz brilhasse, e então eu passava a cabeça. Ah! o senhor teria rido se visse com que habilidade eu a passava. Eu a movia devagar, muito, muito devagar, para não perturbar o sono do velho. Levava uma hora para passar a cabeça toda pela abertura, o mais à frente possível, para que pudesse vê-lo deitado em sua cama. Aha! Teria um louco sido assim tão esperto? E então, quando minha cabeça estava bem dentro do quarto, eu abria a lanterna com cuidado — ah!, com tanto cuidado! —, com cuidado (porque a dobradiça rangia), eu a abria só o suficiente para que um raiozinho fino de luz caísse sobre o olho do abutre. E fiz isso por sete longas noites, todas as noites à meia-noite em ponto, mas eu sempre encontrava o olho fechado, e então era impossível fazer o trabalho, porque não era o velho que me exasperava, e sim seu Olho Maligno. E todas as manhãs, quando o dia raiava, eu entrava corajosamente no quarto e falava Com ele cheio de coragem, chamando-o pelo nome em tom cordial e perguntando como tinha passado a noite. Então, o senhor vê que ele teria que ter sido, na verdade, um velho muito astuto, para suspeitar que todas as noites, à meia-noite em ponto, eu o observava enquanto dormia.

Na oitava noite, eu tomei um cuidado ainda maior ao abrir a porta. O ponteiro de minutos de um relógio se move mais depressa do que então a minha mão. Nunca antes daquela noite eu sentira a extensão de meus próprios poderes, de minha sagacidade. Eu mal conseguia conter meu sentimento de triunfo. Pensar que lá estava eu, abrindo pouco a pouco a porta, e ele sequer suspeitava de meus atos ou pensamentos secretos. Cheguei a rir com essa idéia, e ele talvez tenha ouvido, porque de repente se mexeu na cama como num sobressalto. Agora o senhor pode pensar que eu recuei — mas não. Seu quarto estava preto como breu com aquela escuridão espessa (porque as venezianas estavam bem fechadas, de medo de ladrões) e então eu soube que ele não poderia ver a porta sendo aberta e continuei a empurrá-la mais, e mais.

Minha cabeça estava dentro e eu quase abrindo a lanterna quando meu polegar deslizou sobre a lingüeta de metal e o velho deu um pulo na cama, gritando:

— Quem está aí?

Fiquei imóvel e em silêncio. Por uma hora inteira não movi um músculo, e durante esse tempo não o ouvi se deitar. Ele continuava sentado na cama, ouvindo bem como eu havia feito noite após noite prestando atenção aos relógios fúnebres na parede.

Nesse instante, ouvi um leve gemido, e eu soube que era o gemido do terror mortal. Não era um gemido de dor ou de tristeza — ah, não! era o som fraco e abafado que sobe do fundo da alma quando sobrecarregada de terror. Eu conhecia bem aquele som. Muitas noites, à meia-noite em ponto, ele brotara de meu próprio peito, aprofundando, com seu eco pavoroso, os terrores que me perturbavam. Digo que os conhecia bem. Eu sabia o que sentia o velho e me apiedava dele embora risse por dentro. Eu sabia que ele estivera desperto, desde o primeiro barulhinho, quando se virara na cama. Seus medos foram desde então crescendo dentro dele. Ele estivera tentando fazer de conta que eram infundados, mas não conseguira. Dissera consigo mesmo: "Isto não passa do vento na chaminé; é apenas um camundongo andando pelo chão", ou "É só um grilo cricrilando um pouco". É, ele estivera tentando confortar-se com tais suposições; mas descobrira ser tudo em vão. Tudo em vão, porque a Morte ao se aproximar o atacara de frente com sua sombra negra e com ela envolvera a vítima. E a fúnebre influência da despercebida sombra fizera com que sentisse, ainda que não visse ou ouvisse, sentisse a presença da minha cabeça dentro do quarto.

Quando já havia esperado por muito tempo e com muita paciência sem ouvi-lo se deitar, decidi abrir uma fenda — uma fenda muito, muito pequena na lanterna. Então eu a abri — o senhor não pode imaginar com que gestos furtivos, tão furtivos — até que afinal um único raio pálido como o fio da aranha brotou da fenda e caiu sobre o olho do abutre.

Ele estava aberto, muito, muito aberto, e fui ficando furioso enquanto o fitava. Eu o vi com perfeita clareza - todo de um azul fosco e coberto por um véu medonho que enregelou até a medula dos meus ossos, mas era tudo o que eu podia ver do rosto ou do corpo do velho, pois dirigira o raio, como por instinto, exatamente para o ponto maldito.

E agora, eu não lhe disse que aquilo que o senhor tomou por loucura não passava de hiperagudeza dos sentidos? Agora, repito, chegou a meus ouvidos um ruído baixo, surdo e rápido, algo como faz um relógio quando envolto em algodão. Eu também conhecia bem aquele som. Eram as batidas do coração do velho. Aquilo aumentou a minha fúria, como o bater do tambor instiga a coragem do soldado.

Mas mesmo então eu me contive e continuei imóvel. Quase não respirava. Segurava imóvel a lanterna. Tentei ao máximo possível manter o raio sobre o olho. Enquanto isso, aumentava o diabólico tamborilar do coração. Ficava a cada instante mais e mais rápido, mais e mais alto. O terror do velho deve ter sido extremo. Ficava mais alto, estou dizendo, mais alto a cada instante! — está me entendendo? Eu lhe disse que estou nervoso: estou mesmo. E agora, altas horas da noite, em meio ao silêncio pavoroso dessa casa velha, um ruído tão estranho quanto esse me levou ao terror incontrolável. Ainda assim por mais alguns minutos me contive e continuei imóvel. Mas as batidas ficaram mais altas, mais altas! Achei que o coração iria explodir. E agora uma nova ansiedade tomava conta de mim — o som seria ouvido por um vizinho! Chegara a hora do velho! Com um berro, abri por completo a lanterna e saltei para dentro do quarto. Ele deu um grito agudo — um só. Num instante, arrastei-o para o chão e derrubei sobre ele a cama pesada. Então sorri contente, ao ver meu ato tão adiantado. Mas por muitos minutos o coração bateu com um som amortecido. Aquilo, entretanto, não me exasperou; não seria ouvido através da parede. Por fim, cessou. O velho estava morto. Afastei a cama e examinei o cadáver. É, estava morto, bem morto. Pus a mão sobre seu coração e a mantive ali por muitos minutos. Não havia pulsação. Ele estava bem morto. Seu olho não me perturbaria mais.

Se ainda me acha louco, não mais pensará assim quando eu descrever as sensatas precauções que tomei para ocultar o corpo. A noite avançava, e trabalhei depressa, mas em silêncio. Antes de tudo desmembrei o cadáver. Separei a cabeça, os braços e as pernas.

Arranquei três tábuas do assoalho do quarto e depositei tudo entre as vigas. Recoloquei então as pranchas com tanta habilidade e astúcia que nenhum olho humano — nem mesmo o dele — poderia detectar algo de errado. Nada havia a ser lavado — nenhuma mancha de qualquer tipo — nenhuma marca de sangue. Eu fora muito cauteloso. Uma tina absorvera tudo - ha! ha!

Quando terminei todo aquele trabalho, eram quatro horas — ainda tão escuro quanto à meia-noite.
Quando o sino deu as horas, houve uma batida à porta da rua. Desci para abrir com o coração leve — pois o que tinha agora a temer? Entraram três homens, que se apresentaram, com perfeita suavidade, como oficiais de polícia. Um grito fora ouvido por um vizinho durante a noite; suspeitas de traição haviam sido levantadas; uma queixa fora apresentada à delegacia e eles (os policiais) haviam sido encarregados de examinar o local.

Sorri — pois o que tinha a temer? Dei as boas-vindas aos senhores. O grito, disse, fora meu, num sonho. O velho, mencionei, estava fora, no campo. Acompanhei minhas visitas por toda a casa. Incentivei-os a procurar — procurar bem. Levei-os, por fim, ao quarto dele. Mostrei-lhes seus tesouros, seguro, imperturbável. No entusiasmo de minha confiança, levei cadeiras para o quarto e convidei-os para ali descansarem de seus afazeres, enquanto eu mesmo, na louca audácia de um triunfo perfeito, instalei minha própria cadeira exatamente no ponto sob o qual repousava o cadáver da vítima.

Os oficiais estavam satisfeitos. Meus modos os haviam convencido. Eu estava bastante à vontade. Sentaram-se e, enquanto eu respondia animado, falaram de coisas familiares. Mas, pouco depois, senti que empalidecia e desejei que se fossem. Minha cabeça doía e me parecia sentir um zumbido nos ouvidos; mas eles continuavam sentados e continuavam a falar. O zumbido ficou mais claro — continuava e ficava mais claro: falei com mais vivacidade para me livrar da sensação: mas ela continuou e se instalou — até que, afinal, descobri que o barulho não estava dentro de meus ouvidos.

Sem dúvida agora fiquei muito pálido; mas falei com mais fluência, e em voz mais alta. Mas o som crescia - e o que eu podia fazer? Era um som baixo, surdo, rápido — muito parecido com o som que faz um relógio quando envolto em algodão. Arfei em busca de ar, e os policiais ainda não o ouviam. Falei mais depressa, com mais intensidade, mas o barulho continuava a crescer. Levantei-me e discuti sobre ninharias, num tom alto e gesticulando com ênfase; mas o barulho continuava a crescer. Por que eles não podiam ir embora? Andei de um lado para outro a passos largos e pesados, como se me enfurecessem as observações dos homens, mas o barulho continuava a crescer. Ai meu Deus! O que eu poderia fazer? Espumei — vociferei — xinguei! Sacudi a cadeira na qual estivera sentado e arrastei-a pelas tábuas, mas o barulho abafava tudo e continuava a crescer. Ficou mais alto — mais alto — mais alto! E os homens ainda conversavam animadamente, e sorriam. Seria possível que não ouvissem? Deus Todo-Poderoso! — não, não? Eles ouviam! — eles suspeitavam! — eles sabiam! - Eles estavam zombando do meu horror! — Assim pensei e assim penso. Mas qualquer coisa seria melhor do que essa agonia! Qualquer coisa seria mais tolerável do que esse escárnio. Eu não poderia suportar por mais tempo aqueles sorrisos hipócritas! Senti que precisava gritar ou morrer! — e agora — de novo — ouça! mais alto! mais alto! mais alto! mais alto!

— Miseráveis! — berrei — Não disfarcem mais! Admito o que fiz! levantem as pranchas! — aqui, aqui! — são as batidas do horrendo coração!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Dia 11 - Uma foto minha recente

Hmmm... eu tenho um problema sério com fotos. Normalmente sou a pessoa atrás da câmera, então vai ser difícil encontrar uma foto minha muito recente.

Então vai essa mesmo, comigo estranha, com uma cara engraçada e meio fora de foco, mas fazer o quê? É assim que acontece, quando eu menos espero e me mexo, alguém vem e clica. Bom, de qualquer jeito, dá para ter uma ideia.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Dia 10 - Uma foto minha há mais de 10 anos

Essa sou eu há aproximadamente 23 anos!!!!
Eu tinha somente dois aninhos, quase um bebê...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Dia 9 - Uma foto que eu tirei

Bom, sou eu sempre quem pega a máquina e tira fotos da galera, então fica fácil pegar uma foto que eu tenha tirado e colocado aqui. Mas acho que não é bem esse o objetivo da coisa, certo? Então escolhi uma foto que eu tirei e que acho que vale a pena, que eu gosto e talz...

Ela perde um pouco nesse tamanho, mas gosto do céu azul atrás e sempre gostei de achar ninhos de João de Barro por aí.

Essa foto foi tirada no final do ano passado, em uma viagem que fiz para Curitiba com minha mãe e minha avó, para assistir o festival de Natal do HSBC. Somos apaixonadas por aquele show e sempre que conseguimos, damos uma escapolida até lá para marcar presença.

Esse dia, mais especificamente, estávamos fazendo um tour pela cidade em um ônibus que te dá direito de saltar em 5 pontos turísticos da cidade. Nessa foto, estávamos no Jardim Botânico... Posso ir sempre e nunca me enjôo de lá.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Dia 8 - Uma foto que me deixa irritada / triste

Vazamento de petróleo
A imagem fala tudo.

domingo, 12 de setembro de 2010

Dia 7 - Uma foto que me faz feliz

Este foi meio frustrante. Mexi e remexi nas minhas fotos e não achei nenhuma que me fizesse muito feliz... Sim, é claro que eu tenho fotos com o namorado que me deixam felizes, ou fotos com a minha família que também trazem um sorriso ao rosto, mas não quero colocar nenhuma delas aqui.

Então, procurando uma que não fosse tão pessoal, escolhi esta aqui, ó:

Parnaioca - Ilha Grande (RJ)
Foto tirada por mim, em Ilha Grande, há alguns anos atrás, quando fui passar o Ano Novo acampando. A viagem em si foi péssima, me estressei horrores e voltei de lá mega irritada, mas essa foto me deixa feliz.

Me deixa feliz porque é um lugar absolutamente maravilhoso, com uma água transparente onde você pode ver peixes nadando livremente e estrelas-do-mar como essa. Uma praia com areia branca, céu azul, cachoeira, rio, sem luz alétrica e principalmente, sem muita gente. Um lugar que mais parece o paraíso na Terra.

Espero poder voltar em breve, agora com uma companhia maravilhosa, que faça da viagem uma experiência ainda mais maravilhosa. Barraca e saco de dormir já estão a postos, agora só falta o tempo...

PS: Acabei de reler o texto e vi a quantidade de "maravilhoso" e variações, mas fazer o quê?! Culpa do lugar...

sábado, 11 de setembro de 2010

Dia 6 - Uma experiência inesquecível

A partir da agora os assuntos começam a ficar mais difíceis (quando chegar na fotomontagem vai ficar brabo) e escolher somente 1 experiência inesquecível é complicado. Eu sempre fui uma pessoa que se apega a determinadas experiências, mesmo que bobas; acho que são elas que dão graça à vida e se forem aproveitadas direito, quase todas têm potencial de se tornarem inesquecíveis.

Mas vou falar da mais recente, da que eu estou vivendo agora e vou continuar vivendo pelo próximo mês - minha vida em SP. Sempre amei essa cidade e ter a oportunidade de viver e trabalhar nela por 9 meses está sendo absolutamente incrível.

Sim, meu primeiro objetivo era me mudar para Sampa para sempre, mas é aquilo, só percebi quanto gostava do Rio quando vim para cá. Sinto falta da Lapa, da Lagoa e por incrível que pareça, sinto saudades até das praias. Para quem me conhece, sabe que sentir saudade de praia é quase impossível quando se trata de minha pessoa.

Morar aqui é maravilhoso. Trabalhar em uma multinacional me ensinou bastante e me preparou para meu futuro profissional, sem contar nas portas que foram abertas por esse tempo como trainee. Morar sozinha então! Nada se compara. Aprendi muita coisa sobre mim mesma que jamais tinha imaginado, aprendi a me virar melhor sozinha e a ter responsabilidades com contas, dinheiro e organização.

Estar aqui e aprender a conviver com o ar seco, ter que passar creme quase todo dia, conhecer e entender que o clima de SP passa pelas 4 estações em somente 1 dia e que por isso é sempre bom ter um guarda-chuva (virou guardachuva?) na bolsa, conseguir andar pelas ruas sem me perder completamente e principalmente, começar a falar paulistês sem perceber, deram um gostinho melhor à minha vida.

Mas agora será hora de sentir falta de SP, do meu apartamento - que finalmente tem a minha cara - e dos novos amigos que fiz aqui. Pessoas que em pouco tempo se tornaram importantes e que vou fazer o máximo para manter o contato e vir visitar de vez em quando. Estou voltando para casa, para perto da minha família, dos meus amigos, do meu namorado e dos meus lugares favoritos.

De qualquer modo, não há dúvidas de que até hoje, ser uma paulistana por quase 1 ano foi a experiência mais inesquecível da minha vida.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Dia 5 - Uma citação de alguém

"Do or do not, there is no try"
Master Yoda
Pensei e repensei antes de colocar essa citação, mas não adianta. É a única que me vem à cabeça, sempre que alguém me pede para citar alguém. Cheguei até a procurar uma citação mais legal, talvez clichê, daqueles pensadores famosos por suas frases célebres, mas para mim,  ninguém ganha do Yoda.

Uma citação que me puxa a orelha de vez em quando, que me dá um sacode em relação à insegurança, que mostra que se tem que acreditar e fazer, sem essa lenga-lenga de se tentar, sem esse derrotismo prévio que às vezes é quase inevitável.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Dia 4 - Meu livro favorito

Eu sei que virão tópicos mais difíceis, mas esse é bem difícil para uma pessoa como eu. Adoro ler, leio sempre que posso e sempre que a minha mente permite. E daí vem o problema, pois gosto de diferentes tipos de livros, desde o mais sério e pimba cult, até os babacas que servem somente para diversão e distração.

Fico em dúvida de qual coloco aqui e alguns me vêm à cabeça. Alguns são impostáveis, outros são postáveis, mas não sei qual ganha de qual. Fiquei em séria dúvida entre dois - aquele que fez eu me apaixonar pela leitura e aquele que me fez ficar boba, sem sentir o tempo passar, mas que foi quase um soco no estômago.

Optei pelo segundo. O primeiro seria válido, mas o segundo foi quase uma experiência extra corpórea. Um livro que eu encho o saco de todos para lerem, de um autor incrível, maravilhoso, perfeito (sim, sou fã). Infelizmente ele nos deixou esse ano e agora é ler e reler todos os livros dele...

Bom, meu livro preferido é: Ensaio Sobre a Cegueira, do José Saramago.

Sim, é um livro pesado. Sim, o modo de escrita do Saramago é diferente (ao meu ver, bem mais fluido). E sim, em alguns momentos você tem vontade de jogar o livro pela janela, se revoltar contra o mundo e nunca mais encostar nele. Mas cada sentimento gerado pelo livro faz você parar para pensar e ver que é um livro que mostra o ser humano em seu estado cru, mais natural e com o simples instinto de sobrevivência.

Se não leu, leia. Simples assim.

sábado, 4 de setembro de 2010

Dia 3 - Meu programa de televisão favorito

Eu conheci esse programa zapeando pelos canais da tv a cabo. No primeiro dia que vi, não achei nada demais, na verdade, eu até achei meio ruinzinho. Algum tempo depois, eu já tinha me mudado para SP, a amiga na casa de quem eu morava vivia falando sobre a série, que era maravilhosa, a minha cara, que eu provavelmente ia amar e que devia ver.

Não deu outra. Viciei no primeiro momento e desde então fiz maratonas e maratonas para zerar as temporadas que tinham passado e ficar no ritmo dos lançamentos nos EUA. A cada término de temporara é uma tristeza e a ansiedade de uma nova temporada surge.

Uma série de menina, mas que consegue conquistar vários meninos que conheço - meu namorado inclusive, que hoje é tão fã quanto eu. Repleta de personagens cativantes, o único problema que eu acho é que ela é capaz de instigar aquela crença babaca romântica, de que existem casais perfeitos, a prova de qualquer coisa.

Enfim, para quem ainda não conhece, apresento : How I Met Your Mother.

Para as pessoas que conseguem apreciar a arte de simplesmente sentar na frente da tv para ver algo divertido e se distrair. Sim, isso mesmo. Se você for uma daquelas pessoas que só assistem programas pimbas, nem tente. Ou tente, vai ver você ainda tem salvação.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Dia 2 - Meu filme favorito

Não estou achando que esse meme vai ser fácil... É complicado escolher 1 filme favorito, porque na verdade, eu devo ter uns 10 filmes favoritos, dependendo da temática. Mas vou apelar para o desempate, para aquele filme que eu gosto desde pequeninha, vi 497 vezes, sei todas as falas decoradas e jamais - eu digo jamais - enjôo.

Quando eu era criança e meus pais ainda eram casados, eles tinham como hábito sair só os dois todas as quartas-feiras. Fosse para jantar, ir ao cinema ou sei lá o que, quarta-feira eu já sabia: meus pais sairiam e alguém vinha ficar comigo. Tive algumas baby-sitters quando criança, mas duas mais marcantes. Uma delas foi a responsável pela minha descoberta desse filme.

Clique na imagem para Wikipedia!
Dirty Dancing. Um filme que mistura simplesmente tudo que eu sempre gostei e o motivo da minha paixão pelo Patrick Swayze. Um filme de dança, com uma trilha sonora incrível e um romance que é o sonho de quase toda menina na pré-adolescência.

Acredito que a primeira vez que eu vi, devia ter uns 8 anos de idade e hoje, com quase 26, posso dizer que sou igualmente fã e que o filme continua me afentando como afetava antes. Devo ter todos os DVDs lançados e todas as trilhas sonoras.

Há um tempo atrás, em algum canal a cabo, tinha um programa, tipo reality show, sobre Dirty Dancing. Eram várias mulheres, que sonhavam em ser a Baby (afinal, quem não sonha em dançar com o Johnny?) no musical e passavam por inúmeras provas e aulas de dança, tentando se provar capazes de encorporar o personagem. Sim, o programa era tosco. Sim, eu assistia.

O filme é uma lenda, já inspirou alguns episódios de boas séries americanas, já foi assunto de diversos documentários na televisão e não conheço ninguém que tenha visto e ativamente não tenha curtido. É isso, Dirty Dancing arrebatando corações desde 1987!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O primeiro dia do meme inspirado na Cei

Aloha!

Primeiramente eu não tenho a menor ideia do que um "meme" seria. Este foi o termo usado pela minha amada Ceinwyn, então eu copiei sim, na maior cara lavada mesmo. E se essa palavra não existir, eu posso simplesmente colocar a culpa nela, certo?

A ideia é simples, uma sequência de posts temáticos para 31 dias, cada um com tema diferente. Me lembra um pouco aquela brincadeira que toda menina fazia, de um caderno com questionário com milhares de perguntas que se passava para todos os amigos e discutia-se as respostas...

Lembro que uma das peguntas mais clichês era: "Você é virgem?" e todo mundo respondia "Não, sou do signo tal..." Ai ai, meninas no despertar da vida sexual...

Enfim, estou falando, falando, mas ainda não postei os temas, certo? Seguem:

Dia 01 – Sua música favorita
Dia 02 – Seu filme preferido
Dia 03 – Seu programa de televisão favorito
Dia 04 – Seu livro favorito
Dia 05 – Uma citação de alguém
Dia 06 – Uma experiência inesquecível
Dia 07 – Uma foto que te faz feliz
Dia 08 – Uma foto que te deixa irritado / triste
Dia 09 – Uma foto que você tirou
Dia 10 – Uma foto de você há mais de dez anos
Dia 11 – Uma foto sua recente
Dia 12 – Um conto
Dia 13 – Um livro de ficção
Dia 14 – Um livro não-ficcional
Dia 15 – Uma fotomontagem
Dia 16 – Uma musica que faz você chorar (ou quase)
Dia 17 – Uma obra de arte (pintura, desenho, escultura, etc)
Dia 18 – Um poema
Dia 19 – Um talento seu
Dia 20 – Um hobby
Dia 21 – Uma receita
Dia 22 – Um site
Dia 23 – Um vídeo do YouTube
Dia 24 – Seu lugar preferido
Dia 25 – O seu dia, em grande detalhe
Dia 26 – Sua semana, em grande detalhe
Dia 27 – Este mês, em grande detalhe
Dia 28 – Este ano, em grande detalhe
Dia 29 – O que você espera, os sonhos e planos para os próximos 365 dias
Dia 30 – O que você quiser
Dia 31 – O Bônus ou O Fim

Assim sendo, meus caros colegas, sigamos ao Day1 - Minha música preferida.
Essa não vai ser novidade para ninguém que me conhece... Uma música que me acompanha a vida inteira, desde que conheci, em momentos extremamente importantes da minha vida - desde momentos de introspecção, passando por poesias de presente, até o momento de receber meu diploma.

Uma música que inspirou a minha futura tattoo nas costas, quando eu estiver mais magrinha. Uma música que eu quero que continue me acompanhando para o resto da minha vida, porque além de uma melodia simplesmente maravilhosa e uma letra inspiradora (minha tattoo e tal), tem absolutamente tudo a ver com a minha vida.

Um pouquinho da história de Blackbird...

Amanhã, neste mesmo bat-canal, mais um episódio do Meme da Lak!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Engaiolada

Cansada... Cansada e sem inspiração.
Minha cabeça tem estado a 1000km/h, pensado em milhares de coisas ao mesmo tempo e quando eu sento na frente do computador para escrever, puf! - tudo foge.

Tento parar e focar em algum sentimento para colocar no papel, mas não consigo. Acho que o excesso de sentimentos acaba atrapalhando no foco em somente um. Não consigo me concentrar e em algumas tentativas frustradas, me irrito e mando tudo para o quinto dos infernos.

Não sei o que está acontecendo...

Mentira, sei o que está acontecendo. É exatamente isso. São muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, muitas possibilidades no futuro, mas nenhuma certeza. Isso me incomoda. Não saber o dia de amanhã, ou pelo menos não ter uma boa ideia do que acontecerá no futuro me incomoda. Muito.

Mudei de "setor" na empresa, tenho trabalhado muito... Minha cabeça não está funcionando direito. Ando naquela fase de parar no meio de uma frase e não lembrar de uma palavra básica que faça sentido. Fico com aquele nervoso babaca, tentando lembrar da palavra e às vezes, só consigo 1 ou 2 minutos depois.  Isso sem contar nas tonturas que tenho tido... São poucas, de vez em quando, mas vêm e vão do nada e eu fico que nem uma pateta chapada.

E o sentimento de não saber o que fazer!!! Grrrr, que raiva que eu tenho desse sentimento! Raiva de ter plena consciência que não tenho controle sobre o dia de amanhã, consciência de que determinadas coisas não dependem somente de mim e que, por melhor que eu faça algo, não quer dizer que eu vá conseguir o resultado almejado.

Estou sem concentração... Acho que fico tão concentrada no meu trabalho, que chego em casa e fico perdida. Não paro quieta em nada e escrever aqui toma o dobro do tempo que tomava no começo. Parece que nada fica bom, que nada consegue mostrar exatamente o que eu estou sentindo. Na verdade não parece, realmente não consegue. É complicado falar sobre um turbilhão de coisas ao mesmo tempo, principalmente quando as palavra lhe fogem à mente.

Corre-corre o dia inteiro. Hoje só fui almoçar às 15h, dois salgadinhos, depois de resolver pepinos desde as 8h30. Sentei no café com as mãos tremendo, pressão baixa e sentindo adrenalina a mil. Pura pressão. Tudo para resolver para ontem, resolver problemas alheios, dar um jeito em tudo. Pela primeira vez na vida.

Sentimento de passarinho preso no peito, fazendo força para ir embora. Mas é tanta força que me parece que vai sair quebrando as costelas, qualquer coisa, a qualquer custo, para fugir. Ah, se ele conseguisse... Se eu pudesse simplesmente abrir a gaiola e deixá-lo ir embora. Pelo menos eu não sentiria tanto ele se debatendo (demorei uns 2 minutos para lembrar desse verbo, estou dizendo...) aqui dentro. Ou então ele poderia se acalmar. Mas como se acalmar se eu mesma estou neurótica nervosa?

Hoje brinquei que fumaria 497 cigarros quando chegasse em casa. Ainda não fumei nenhum. Não sei se o passarinho aqui dentro curtiria tanto cigarro... Acho que ele desmaiaria e quando acordasse, voltaria com a força toda... E então? O que fazer para distraí-lo? Acalmá-lo? Mostrar que aqui dentro nem é tão desconfortável assim?

É, acho que 497 não são necessários, mas 1 só... Um cigarrinho para mim e Persons Unknown e True Blood para o querido pássaro aqui dentro? Pode ser...

Sabe como é, já dizia o Tiririca: pior do que está, não fica.





Mentira, pode ficar sim. 
Bate na madeira três vezes e joga sal por cima do ombro, para a brincadeira não virar coisa séria.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O preço da desorganização - R$48,00

Aviso logo aos leitores: se não estiverem com vontade de ler um post sem assunto definido, não comecem a ler este. Acredito que abaixo virão algumas conjecturas, assuntos perdidos e soltos. Pronto, aviso dado. Agora é por sua conta e risco.

Cheguei mais cedo da empresa hoje. Meio mal-humorada, por sinal. Odeio falta de organização. Não que eu seja a pessoa mais organizada do mundo, muito pelo contrário, mas quando minha atitude envolve outras pessoas, tento ser o mais exata e organizada possível.

Vamos ao causo.
Hoje foi dia de treinamento sobre Sustentabilidade para nós trainees. Até aí, ótimo, adoros os treinamentos que tenho, normalmente são super interessantes e conseguem envolver todo o grupo de trainee, das 2 companhias. Maaaaas, porém, todavia, contudo, não sei qual é o problema que todos os treinamentos são marcados na quarta, meu querido dia de rodízio.

Invitations no Outlook vêm, invitations vão, ficou marcado que o treinamento começaria às 8h30 e terminaria às 17h30, o que significa que eu ou iria de carro e ficaria das 7h até as 20h, ou iria e voltaria de táxi. Claramente escolhi a segunda opção, porque parto do princípio que qualidade de vida é algo importante e que ficar 13h no trabalho é impensável complicado.

Ótimo! 26 contos depois, chego no treinamento. Já meio irritada com a falta de caráter do meu taxista, que escolhe a dedo as faixas mais lerdas e ainda tem a audácia de criticar o modo de dirigir de um velhinho do carro ao lado. Sim, o velhinho estava com a seta para a esquerda há séculos e mudava de pista para a direita, mas ainda assim!!!

Mas ok. Encontrei o pessoal, comecei a conversar, rir e de repende, ouço que o treinamento iria terminar às 16h. Eu poderia ter ido de carro e economizado meu suado dinheirinho!!! Obviamente que fui reclamar e ainda fico sabendo que foi enviado um update às 20h do dia anterior. Sério?! Eles realmente esperam que os funcionários fiquem mais de 12horas na empresa? Cadê a vida pessoal, o tempo de descanso, a hora pessoal?!

Respirei fundo, lembrei de ser zen - agora que estou fazendo yoga estou investindo no meu lado zen de ser - e resolvi me sentar e prestar atenção no treinamento que já ia começar.

Vou dizer, a minha sorte foi sentar com ótimos amigos à mesa, porque diferente de todos os outros treinamentos que fiz, esse foi uma bosta decepcionante. A palestrante falou durante uns 10 minutos e soltou um trabalho para ser feito em equipe. Pronto. Foi isso.

Sem interação, sem midia, sem absolutamente nada motivador. É claro que em 5 minutos ninguém mais estava prestando atenção no trabalho a ser feito e todos conversavam e riam. Me senti no colégio, fazendo bagunça enquanto os professores assistiam...

Horário de almoço, intervalo e voltamos ao treinamento, que deveria chegar até as 16h. O problema é que ninguém estava mais interessado no treinamento, até porque não estávamos sendo treinados em absolutamente nada. Resultado? Fomos liberados às 15h30! Sem a menor paciência para ir até a empresa depois disso, e contando com o fato de que todos sabiam que hoje era meu dia de rodízio, paguei mais 22 contos e vim de táxi para casa.

Agora me digam, custava ter um pouco mais de organização? Assim, eu economizaria quase 50 reais. 50 reais esses, que eu poderia gastar indo ao cinema e comendo besteira em algum lugar.

E custava planejar um treinamento mais interessante??? Assim não perderíamos 1 dia inteiro de trabalho para absolutamente nada, que foi o que aconteceu hoje.

É... pensei que o post não fosse ter um assunto único, mas me enganei. Tenho várias outras coisas passando aqui pela minha cabeça, mas se fosse escrever todas, isso ficaria ainda maior e com certeza ninguém teria paciência para ler. Fico por aqui.

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Só mais uma coisa!
Alguém viu "500 Dias Com Ela"?

Estou numa discussão sobre o final do filme e gostaria da opinião de vocês: no final, o Tom superou ou não a Summer? Ela será para sempre o caso mal resolvido dele, aquela mulher que para ele vai ser sempre uma sombra, uma comparação para as futuras mulheres? Ou ele virou a página, percebeu que ela não era A mulher para ele e está aberto a novos relacionamentos tranquilamente?

Por favor, opinem!!!!
E se não tiverem visto, aluguem e vejam. Sério.
"The following is a work of fiction. Any resemblance to persons living or dead is purely coincidental. Especially you Jenny Beckman. Bitch."

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

;)

Comecei a Yoga hoje.
Braços e pernas doem, mas me sinto extremamente zen. Deixei minha vida vegetal para trás (pelo menos por enquanto).

Maaaaaaas, mudando completamente de assunto...

Sem vontade de escrever, só vou colocar uma música que ouvi ontem no bar Bom Motivo e que lembrou da minha infância. Uma das primeiras músicas que a minha mãe me ensinou... Lembro de ficarmos horas revesando entre ela e a Leãzinho, do senhor Caê.

Clássico dos clássicos do meu amado Chico Buarque. Ando numa fase Chico de ser.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Puppie love

Sim, eu sei que estou há milênios sem ecsrever aqui, mas minha vida estava numa fase nada inspiradora, várias questões e problemas que eu não achava postáveis (pelo menos não por enquanto) e o meu ânimo foi indo embora até eu resolver mandar um dane-se e seguir em frente...

Mas agora estou aqui para mais uma questão pela qual estou passando no maravilhoso mundo de se morar sozinha : ter ou não ter um animal de estimação.

Sempre fui uma pessoa apaixonada por cachorros, tive a minha vida inteira, até começar a cogitar a ideia de ter gatos... Passava pelas lojas e quando via um gatinho, ficava pensando em como seria ter um em casa, um bicho mais independente, mas ao mesmo tempo carinhoso. Um bicho que não dá tanto trabalho, mas que ao mesmo tempo pode ser independente demais e não estar nem aí para o dono.

Depois de convencer minha família e nossa cachorrinha morrer, compramos uum gato e eu comecei a achar que talvez, quem sabe, eu fosse uma cat/dog person. Sem preferências, somente fases, o que pode ser complicado, porque minhas fases mudam em menos de 15 anos e se eu sair comprando um gato e depois um cachorro, as coisas podem ficar meio zoneadas em casa - sem falar claro, na falta total de espaço.

Agora me encontro num dilema. Moro sozinha e sinto muita falta de um bichinho para me fazer companhia nos dias solitários e noites idem. Entonces, resolvi adotar algum bichinho de um abrigo, algum que precise de uma casa urgentemente e que fique feliz de ser paparicado horrores.

Agora: cato ou cachorro?!

Um cachorro faz muito mais companhia, brinca mais, é mais carinhoso, pula quando vê o dono, dorme na cama, vira de barriga para cima para ganhar carinho... Mas ao mesmo tempo precisa passear todos os dias, eu não posso deixá-lo sozinho no meu apartamento quando for passar o final de semana no Rio e não posso me esquecer do jornal sujo de xixi e cocô.

Já um gato faz as necessidades na areia, não precisa passear, se dá banho constantemente (reduzindo meus gastos com petshop, que se limitariam a 1 banho por mês), pode ficar tranquilamente em casa durante o final de semana e me respeitaria quando eu estivesse naqueles dias sem vontade de dar atenção a nenhuma alma viva. Em compensação, está longe de ser tão companheiro quanto um cachorro, não vai pular nunca e até é brincalhão, mas num modo meio altista de ser...

E agora, José? O que eu faço?

Sinceramente? No momento o que eu mais queria era um filhote babão de cachorro. Ok, sem a parte do babão, mas vocês entenderam o que eu quis dizer. Mas quando penso nas funcionalidades, em como seria viajar, vejo que é impossível. Cachorro é como filho e eu não posso ser mãe solteira nesta altura da minha vida, viajando quase 2 finais de semana por mês.

Enfim, é isso... Fico tentando achar um modo de achar viável ter um cachorro, mas estou vendo que é impossível...

Então, caros leitores, por favor, se vocês conseguirem achar uma brecha e um modo de eu ter um canino por aqui, me ajudem resolver meu puppie love... Please.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Eles ou nós?

Desde que voltei a escrever no mundo dos blogs, eu comecei a ler mais blogs e encontrei muita coisa interessante por aí. É claro que para cada blog bom, existem 497 péssimos, daqueles que fazem você sair correndo e chingando o momento em que ganhou o dom da visão.

Numa dessas minhas caminhadas por aí, encontrei um blog que me pareceu bem interessante. A proposta é contar as aventuras e desventuras das donas e suas leitoras no mundo dos encontros e relacionamento amorosos. Um tom sarcástico, humorado e situações bastante inusitadas povoam os vários e vários posts, todos com dezenas de comentários.

Um blog que não tem comentários moderados sempre é alvo de leitores mal educados, recalcados e problemáticos e este em questão não é diferente. A questão é que até esses comentários "agradáveis" são motivos para mais comentários e acabamos encontrando verdadeiras discussões entre os visitantes mais esquentadinhos.

Mas de qualquer forma, o tema é interessante. Se não fosse pela mania que tenho percebido cada vez mais presente das donas do blog de discutirem e fomentarem as discussões, no mais clichê modo "Falem mal, mas falem de mim" e o tom um tanto amargurado que as leitoras que enviam os causos, a leitura poderia ser bem mais gostosa e divertida.

O problema é esse. Eles transformaram um blog que era para contar comportamentos masculinos infelizes e engraçados e algumas vezes dignos de risadas (inspiração para o nome do blog em questão) em um ambiente em que se exalta o comportamento feminino antipático, imcompreensivo, arrogante e muitas vezes, - leitoras, me perdoem - recalcado.

É triste ver a quantidade de pessoas que existe por aí que não tem a capacidade de olhar para si próprio, admitir os erros e responsabilidades em um relacionamento. É sempre mais fácil colocar a culpa no outro, dizer que o cara foi imbecil ou incoveniente do que aceitar que você não é aquele avião todo, aquele anjo de candura e o sonho de consumo de todos os homens.

Bom, cada blog com sua proposta e suas mudanças. E seus leitores e comentaristas.
A única coisa que eu acho é que agindo assim, somos nós mulheres que acabamos sendo as mais perfeitas palhaças.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Hunf

Não tenho muito a dizer. Mentira.
Na verdade tenho muitas coisas a serem ditas, mas que por enquanto, prefiro calar. Passo por alguns problemas que não acredito ser o momento certo para expor, mas em algum momento eles brotarão por aqui.

Por enquanto ficam:
  1. Preciso de um banho de sal grosso. Urgentemente.
  2. Aceito uma Teia dos Sonhos de presente. Obrigada.
No mais, é isso.
Vemo-nos (eu acho feio, mas hoje estou azeda) em breve. Espero.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Nem sempre acredite no que você vê na internet...

... e no GoogleMaps.

Já tinham me dito isso há algum tempo, mas como o santo Google sempre me ajudou desde que eu me mudei para São Paulo, não dei trela. Não sou adepta ao GPS, prefiro olhar no GM (não é game master) antes de sair, imprimir o caminho e ir na cara e na coragem, aprendendo um pouco mais sobre as ruas daqui. Eu me conheço e sei que, se eu tivesse o querido GPS, ficaria completamente dependente e se desse algum problema, não conseguiria fazer os caminhos mais simples.

Mas de qualquer modo, sigamos. Vou contar a história do início.

Sexta-feira. Dia do namorado chegar em SP e como ele sempre reclama que eu não vou buscá-lo na rodoviária, decido imprimir o mapa de como chegar na estação de metrô mais próxima da minha casa, afinal de contas, sei o caminho de lá até aqui, só não sabia o daqui até lá.

Ok, trajeto impresso, não parecia muito difícil. Pegar uma rua principal e em determinado ponto, fazer um retorninho básico numa das ruelas paralelas. Estudei o caminho antes de sair de casa, afinal de contas, estaria sozinha no carro e odeio aquelas pessoas que vão a 10km/h procurando ruas e atrapalhando todo o trânsito... Tudo estudado, pego o carro e parto.

Tudo muito bom, tudo muito bem, quando toca o telefone celular. Como o toque é do respectivo, acho melhor atender. Ai ai ai, muito feio, não se atende celular enquanto dirige!!! Eu sei, mas achei que seria o menos pior, uma vez que poderia ter acontecido algo no caminho. Ledo engano. Enquanto ouvia ele me informando que estava me esperando na frente do Habib's, a ruela que eu deveria pegar passou por mim e eu nem percebi.

E agora, José? Como eu faço para chegar na maldita estação de metrô?! As pessoas que me conhecem bem sabem que uma das coisas que mais me preocupam é me perder. Ficar perdida numa cidade que nem SP à 0h é bem pior. Mas, devo agradecer ao pessoal lá de cima que me deu um senso de direção bastante bom e consegui, depois de fazer uma baianada (sem ofenças), chegar ao meu destino final.

Namorado entra no carro, meu humor está péssimo, nem dou "oi" direito e volto para a casa ainda meio nervosa da minha aventura de desbravamento da cidade.

Final de semana passou, hoje, domingo, 23h47, saio de casa com o namorado para levá-lo até a já citada estação de metrô, já que a minha tentativa de fazê-lo matar o trabalho amanhã e ficar mais um dia aqui comigo não funcionou.

"Bem, não estou sozinha, tenho meu copiloto, não pode dar nada de errado no caminho. É só seguir o mapa.", penso eu. Ledo engano, número 2. Estamos nós na bendita rua principal e dessa vez, conseguimos achar a ruazinha que devemos entrar. Entro, dobro a primeira esquerda e, de acordo com o GM, devo entrar na primeira esquerda novamente, para atravessar a rua principal e seguir meu caminho.

O problema é que, quando chega a determinada rua, ela me parece contra-mão.

- Amor, dá uma olhada no mapa, vê se é essa rua mesmo que eu tenho que entrar...
- Hmmm, rua XYZ, é essa mesmo, pelo menos é o que está dizendo aqui.
- Ah ok, vai ver é impressão minha, já que está vazia. Vambora, né?

Entro na rua e nada de mal acontece. Se ela era ou não contra-mão, eu não sei, mas aquele sinal virado ao contrário me faz acreditar que sim. Sei lá, vai que era mão dupla... Mas eu realmente acho que não. Anyway, voltando ao assunto.

Chego na rua principal e não tem sinal para atravessar. O negócio é esperar o sinal deles fechar e seguir em frente. Ainda estou meio preocupada quanto à mão da rua, vejo o sinal deles fechado e sigo. Mas, todavia, entretando e contudo, não contava com o maldito abrir bem no meio da minha travessia!!! Então é isso, lá estou eu, linda e maravilhosa, atravessando a Indianópolis com o tráfego andando...

É nesses momentos que agradeço a educação dos motoristas paulistas. Mesmo com a minha cagada - desculpem o palavreado, mas só isso descreve bem a situação, ninguém buzinou, xingou a minha mãe ou me mandou para onde eu teria mandado alguém que fizesse o que eu fiz. Não! Muito pelo contrário, os carros pararam e me deram passagem.

(Agora vamos lá: sou carioca de coração, mas alguém consegue imaginar isso no RJ? Eu atravessando a Rio Branco com o sinal aberto e a galera parando para eu passar???)

Cheguei do outro lado da rua - piadinha infame da galinha me veio à mente - e o resto do trajeto foi tranquilo. Não me perdi e não entrei mais em ruas de mão duvidosa, mas devo dizer que passei por umas ruas extremamente ermas e estranhas, que me fizeram agredecer a ligação que eu recebi 2 dias antes, que impediu que eu visse a rua à minha direita.

Enfim, é isso... Estou em casa me preparando para dormir. E depois desse final de semana eu posso dizer com conhecimento de causa, mesmo se tratando do pai dos burros internético, nem sempre confie cegamente no santo Google.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Just close your eyes and listen

Nhai, vou ser sincera e dizer que nem estou muito no clima de postar, mas como escrever vem um pouco de costume, sei que se ficar mais um tempinho sem digitar umas palavrinhas, abandono de vez... Entonces, aqui estou eu, depois de um dia de trabalho com a mente longe - culpa do iPod.

Acredito que todos nós temos uma memória musical, aquela coisa de uma música tocar e a gente lembrar de uma pessoa especial, de uma época da vida ou até mesmo de um lugar. Como a minha memória auditiva funciona até com barulhos, músicas são como um combustível fortíssimo. É ouvir um assobio e lembrar de alguma coisa.

Ultimamente eu ando meio nostálgica, lembrando da minha época do segundo grau, do colégio, das pessoas que conheci, mas mais importante, das coisas que aprendi. Não, não é papo nerd. Não estou falando das aulas de Bio ou coisa do gênero, estou falando do melhor aprendizado que existe, do aprendizado que a gente leva para a vida toda. Aprendizado de como ser gente - ou tentar ser.

E hoje a minha nostalgia estava atacada.
Cheguei no trabalho às 7h, resolvi as coisas que precisavam ser resolvidas com mais atenção e coloquei os fones no ouvido. Pronto. Meu corpo estava ali, na frente do computador trabalhando, mas minha cabeça estava em diferentes épocas da minha vida, com diferentes pessoas. Isso é bom... A cada lembrança, repassava coisas que fiz ou falei e tive uma visão atual sobre meu comportamento passado, o que me levantou boas questões, mas isso fica para outro post.

Acho que posso ficar o dia inteiro ouvindo músicas,olhos fechados,  pensando e repensando na vida. Às vezes me pego até procurando por determinadas músicas para ter mais facilidade de recordar de algo e poder elaborar algumas coisas. Recordar, repetir e elaborar... Freud explica.

Mas vamos ao que interessa a alguns leitores curiosos, quais músicas? Quais lembranças? Me dei (sei que o certo é dei-me, mas acho feio) ao trabalho de escrever num bloquinho as músicas que tocavam e me lembravam alguma coisa para colocar aqui. E vou aproveitar e colocar as músicas que estão tocando enquanto escrevo também, nunca é demais.

  • Kathy's Song, Simon & Garfunkel - Bom, essa música foi presente na minha vida em diversos momentos, mas assim que comecei a ouvir lembrei da vitrola, do disco em vinil, do pinheiro em frente à janela... Final de semana na casa do namorado. Aventurando a ajudar na cozinha enquanto o jantar era preparado. Nada como estar no Rio e me sentir na serra, acho que me ajuda a matar um pouco a saudade que eu tenho de Itatiaia.
  • Breathing Life, Udora - Lembra alguns anos atrás. Uma época em que aconteciam coisas muito boas seguidas de coisas muito ruins. Rendeu boas lições de vidas e algumas reflexões das quais citei ali em cima, que ficariam para um próximo post. Cheguei a conhecer a galera do Udora ao vivo, devo dizer que são extremamente simpáticos, mas que sinto falta da época em que eles cantavam em inglês, com o antigo nome Diesel. As músicas de hoje são ótimas, mas não significam tanto para mim...
  • Son of a Preacher, Dusty Springfield - Meu primote. Não sei porque essa música me lembra ele, mas lembra. Especificamente uma noite em que estávamos em um grupo de maravilhosos amigos em Campos do Jordão, bebendo, rindo e ouvindo música e quando essa música tocou, eu virei para ele e disse "Primote, essa música me lembra muito você!!!" e ele me olhou com a cara típica dele de "Pq?!" e começou a rir... Amo muito, morro de saudades e fico muito feliz de saber que daqui a alguns dias vou vê-lo e colocar todo o papo em dia.
  • Better Together, Jack Johnson - Não sou muito fã do JJ, mas essa música me lembra uma amiga do colégio. Uma amiga que me disse uma vez que amava essa música, que ficava emocionada quando ouvia e que sonhava em encontrar uma pessoa que escrevesse algo assim. Uma amiga que continua no Rio, que não vejo muito, mas que continua sendo extremamente especial para mim.
  • Catch My Disease, Ben Lee - Seu codinome é Henrique e ele é simplesmente maravilhoso. Pessoa especial para todas as horas, tenho a sorte de ter essa pessoa na minha vida há 6 anos (ou mais?). Muito mais do que um amigo, minha versão masculina. Enfim, não vou falar muito, porque senão ele vai ficar metido. ;)
É isso! Se você não está aqui, não significa que não tenho uma música para você. Ela simplesmente não tocou hoje durante a minha labuta ou enquanto eu escrevia esse pequeno post, que acabou ficando nem tão pequeno assim...

Acho que o costume de escrever está voltando.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A quem interessar possa

Estou viva e não desisti do blog.
Fiquei doente semana passada e aproveitei o feriado para dar um pulinho no Rio, mas estou de volta.
Cansada demais para escrever hoje. Volto amanhã.
Inté. ;)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Only words

Estou gripada, de TPM, passei a última noite dormindo em um ônibus voltando do Rio de Janeiro, descobri que meu cartão veio bem maior do que eu imaginava e meu dia de trabalho não me pareceu muito produtivo. Então, como vocês podem suspeitar, meu humor não está dos melhores.

Talvez, se eu estivesse em outra época do mês, sem essas malditas 3 letras em cima de mim, o dia teria sido menos irritante, mas estamos falando de simples hipóteses. Até porque, tenho dúvidas se a TPM realmente piora o humor das mulheres ou se ela simplesmente potencializa. Sim, porque se algo de bom me acontece nesse período, pareço a mulher mais feliz do mundo, se algo emocionante acontece, tenho ainda mais dificuldade em segurar as lágrimas e obviamente, se algo de ruim acontece, a mágoa também é bem maior e mais chata de passar.

Acho que hoje passei por duas dessas situações: a emocionante e a irritante. Pelo menos uma delas foi boa, certo?

É incrível como alguém pode falar as coisas certas, da forma certa, no momento exato em que você precisa ouvi-las, ou no meu caso, lê-las. Tive um dia difícil hoje, tive que lidar com algumas frustrações pessoais, mas feliz e não surpreendentemente, recebi um e-mail que me aliviou o medo. Um e-mail que me mostrou que eu sou uma pessoa como qualquer outra, que aprendo com  meus erros e que isso não me faz uma pessoa de menor valia, de modo algum. Um e-mail que me apoiou exatamente como eu precisava, me deu forças para acreditar que as coisas são resolvíveis e só reforçou a certeza de que, independentemente das burradas que eu venha a fazer, sempre posso contar com algumas pessoas.

Bom, só tenho a agradecer. Agradecer pela ajuda, pela compreensão e por ter essa pessoa sempre perto, mesmo que longe.

Entretanto, do outro lado aparece o momento irritante, o momento onde a mágoa toma conta e a vontade mais forte é simplesmente fazer com que a outra pessoa entenda que palavras têm peso. Palavras, mesmo quando usadas com intenção de brincadeira, têm a capacidade de machucar e incomodar os outros. Incômodo que sem o peso da época até passaria mais rápido, mas hoje não.

Hoje é simplesmente um incômodo que não passa. São simplesmente palavras que ficam no replay... Palavras que te fazem pensar o que diabos passou pela cabeça de alguém para falar isso, qual era a reação intencionada?! Bah, palavras são armas perigosas e não se deve brincar levianamente com elas. Nunca, mas principalmente quando uma das partes está de TPM. Sério, fica a dica.

Venho aqui admitir que não sou a pessoa mais fácil do mundo nesse período, mas que mulher é? Tenho alguns meses mais tranquilos, outros mais pesados, mas em todos, todos, ela se faz sentir. Enfim, faz parte do meu chalme.

De qualquer modo, isso aqui não tem como intenção ser um manual de como lidar com uma mulher de TPM, ou mostrar como nós ficamos meio lelés sob a influência maldita dos hormônios... A única coisa que eu quero aqui é, aproveitar de mais um dos poderes das palavras.

Palavras estas que podem ser consoladoras, magoantes e também, para a sorte minha, catárticas.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Se todos no mundo fossem iguais a você...

Hoje meu post vai ser diferente. Não vou falar do meu dia, não vou falar sobre mim.

Recebi isto por e-mail e achei extremamente válido compartilhar com todos que me visitam (mesmo que sejam pouquinhos).



Espero que gostem.
O soldado americano apareceu morto 2 dias depois do discurso.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Artigo em extinção

Acabei de chegar em casa. Hoje foi  um dia extremamente longo, saí de casa às 8h para um treinamento externo e quando acabou, já estava bem cansada, mas não podia deixar passar a oportunidade de ir ao evento da Cia. de Talentos sobre a Empresa dos Sonhos dos Jovens 2010.

Primeiramente, queria deixar aqui minha revolta com o preço do táxi em SP. Quarta, meu dia de rodízio, não pude fazer o roteiro de carro... Fui de táxi de Moema até Itaim Bibi, depois direto até Chácara Santo Antônio e de volta a Moema. Gastei mais de R$100,00. Ainda bem pelo reembolso da empresa, porque senão seria um belo rombo no meu orçamento do mês.

De qualquer modo, não é sobre isso que eu quero falar hoje. Quero falar sobre humildade. É engraçado como a humildade aparece nas pessoas mais inusitadas e está ausente nas pessoas que mais deveriam tê-la.

Vamos ao que interessa. O meu treinamento hoje foi sobre Recrutamento & Seleção por Competências, numa empresa bem legal que eu não conhecia, a Integração Escola de Negócios. O curso é aberto, então havia cerca de 20 pessoas, de diferentes empresas, diferentes estados e diferentes cargos.

Uma das pessoas era uma estagirária de uma empresa não tão pequena, mas que começou com o RH agora e ainda está engatinhando. Até aí, ótimo, toda empresa precisa começar com o RH em algum momento. Mas o que me incomoda é a necessidade de aparecer. Sabe aquelas pessoas que fazem perguntas para mostrar o que sabem e ainda aproveitam para fazer uma propaganda forçada de si próprios? Então. Ela se encaixava perfeitamente nesse quadro.

Mais uma vez, acho muito digno uma pessoa ser confiante em si mesmo, saber seus potenciais, mas não precisa sair alardeando isso para Deus e o mundo no início de um treinamento onde ninguém se conhece direito. É aquele negócio, a primeira impressão é a que fica e nunca é bom deixar a primeira impressão de ser uma pessoa metida e nada humilde. Acabou gerando comentários baixinhos entre os outros participantes que perceberam que aquilo que estava acontecendo não era nada agradável e ainda atrasava o andamento do curso.

Enfim, o primeiro choque passado, começamos a ignorar a característica incômoda e o dia passou sem maiores frufrus. Depois de 8 horas de curso, peguei meu segundo táxi e parti para o evento - que eu não tinha ideia de que seria tão importante e tão grande, o que me deixou um pouco bleh quando cheguei lá de calça jeans e vi todo mundo de vestido e maquiado.

Tentei deixar isso de lado, afinal de contas, minha calça era escura, minha camisa social era arrumadinha e ainda estava de blaser e salto vinho, bastante fashion, devo dizer. Começo a fazer uma social, tomar um prosecco - disse que o negócio era chique - e comer uns salgadinhos, quando ao virar para o lado vejo dona Mônica Waldvogel (bendito Google por me ajudar a escrever esse nome) do meu lado. Comecei a ter uma ideia mais clara de quão bizarro era o evento e continuei, agradecendo por ter vencido a preguiça e dado as caras por lá.

Bastante divetido o coquetel. Mas logo fomos chamados para entrar no salão onde os resultados da pesquisa seriam apresentados e os prêmios distribuidos. Aí começou o real show. A dona da empresa subiu ao palco para apresentar e iniciou falando de como a Cia estava fazendo 20 anos hoje. Contou a história da companhia - linda, por sinal - e chamou o grande incentivador e responsável pelo crescimento de tudo: o antigo diretor de RH da Unilever.

O velhinho subiu ao palco para agradecer a homenagem, um cara que simplesmente era o antigo diretor de RH da Unilever, hoje aposentado, obviamente. Muito fofo, morri de vontade de apertar as bochechas dele!!! E o agradecimento foi emocionante, me peguei chorando e fazendo a minha chefe chorar também. Imensamente humilde, ele falou algo do gênero "Nunca imaginei que, depois de tantos anos, vocês fossem se lembrar de um velho como eu. Realmente, muito obrigado."

Mas não acabou por aí. Apresentação segue e sobe ao palco, ninguém mais, ninguém menos do que Roberto Justus. Nunca fui muito fã do cara, ele estava lá para receber o prêmio de líder dos sonhos dos jovens, mas tenho que admitir que ele me surpreendeu. Mais um cara que tem um mundo de grana, super conhecido por todos pelo seu famoso cabelo e a humildade em pessoa.

Defendeu o Lula, que foi alvo de uma grande comoção quando apareceu entre os top 10 líderes dos sonhos dos jovens, disse que um cara que começou onde ele começou, que chegou onde chegou com a instrução que teve durante a vida, tem mesmo que ser visto como uma inspiração para os jovens, que ele é um homem exemplar e admirável. Claro que não chegou ao ponto de expôr suas opiniões políticas, isso já seria demais, mas fiquei boquiaberta.

Saí de lá antes da premiação das 10 empresas, afinal de contas a minha não estava na lista (completo e total absurdo, por sinal) e o evento já estava atrasado cerca de 1 hora. Além do mais, o lugar estava lotado e eu ainda teria mais uma epopeia até a minha casa, então não queria ter que me engajar numa luta de punhos com alguém por um táxi livre no final de tudo.

Mas resumindo, o causo é esse. Humildade é artigo em extinção hoje. E os papeis estão trocados. Estagiárias com o rei na barriga e CEOs de empresas colossais, humildes...


PS: Segue a lista de resultado das top 10, que acabou de sair:  Empresas dos Sonhos dos Jovens 2010 (vocês não têm noção de como eu discordo de umas 3 delas... ai ai, jovens iludidos. Ano que vem, a minha estará aí - missão para 2011)

terça-feira, 29 de junho de 2010

Back to reality

Cansada. Acho que isso resume bem como eu estou me sentindo hoje. Meus olhos pesam, estou com preguiça de fazer alguma coisa para jantar e por mais que eu esteja com vontade, até procurar o último episódio de True Blood na minha pasta de Downloads e apertar "play" já me parece trabalho demais.

Minha mãe foi embora ontem, depois de um dia cansativo.
Trabalho até as 13h30, um baita trânsito na Bandeirantes que me irritou bastante, um almoço gostoso, mas que não pude aproveitar o suficiente e finalmente o jogo. Admito que estava com uma baixíssima esperança, quase tinha certeza de que iríamos para os pênaltis, se não perdêssemos antes, mas tive uma ótima surpresa.

Acompanhei o jogo com um olho na tv e um olho no laptop, ouvindo os gols primeiramente pelos meus queridos vizinhos que assistiam na televisão aberta e ouvindo as vuvuzelaladas do meu padrasto, que fazia eu e minha mãe pularem de 10 em 10 minutos.

Depois do jogo, hora de prender os porta-retratos (é assim ainda?) na parede. Nunca subestime o trabalho que é colocar qualquer coisa na parede, quando você está lidando com 3 pessoas extremamente perfeccionistas e neuróticas detalhistas. Depois de quase 1 hora, meus 6 quadrinhos estavam pendurados, com minhas 26 fotos já expostas e várias ideias para próximas.

Trabalho feito, hora de jantarmos para eles partirem. Nada demais, já não estava muito feliz, porque sabia que em breve minha casa ia ficar mais vazia. Um risole de queijo com presunto e uma coca zero depois, estávamos de volta em casa, levando as malas para o carro...

Em poucos momentos eles se foram. Foram 3 dias ótimos, aproveitei demais e pude curtir um pouco a minha família que não via há umas 3 semanas, mais ou menos. Provavelmente menos, mas a impressão era de mais.

Agora é hora de encarar minha realidade. Amanhã vou tirar a madeira que está segurando a minha pia do banheiro no lugar e vamos ver se ela realmente colou direito dessa vez - sim, a minha pia estava descolando e toda vez que era usada, caía água na minha gaveta do armário. Caso não esteja resolvido e ela decidir cair de vez, terei que reclamar na loja que vendeu a massa e eu realmente não fui feita para reclamar em lojas. Sempre fui boazinha demais.

Para melhorar, tenho que ligar para a Consul, porque minha geladeira FrostFree está criando poças embaixo da gaveta. Mas isso vou deixar para a semana que vem - voltemos à realidade em doses homeopáticas.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A hard day's night

22h30 e eu já estava me preparando para ir dormir. Meio preocupada com questões cariocas, apelei para recado em caixa postal e rumei para o meu quarto. Morrendo de sono, dia quarta é sempre dia de acordar às 5h40 da matina, então estava planejando uma noite tranquila de sono...

Mas ultimamente muito poucas coisas estão saindo de acordo com o planejado e ontem não seria diferente. Enquanto estava me acomodando na cama, toca o celular. Uma conversa que começou bastante agradável terminou em um clima extremamente pesado e com isso, parte do meu sono foi embora. Pequena parte, é verdade, porque eu estava caindo, mas ainda assim, todo o relaxamento fugiu completamente.

Resumindo, dormi super tensa em uma posição que não deve favorecer muito meu corpo, porque acordei com o meu lado direito completamente travado. Sério, eu estava uma mistura de Darth Vader com Robocop. Não conseguia olhar para o lado, não conseguia levantar o braço direito... Uma graça.

Fui para o trabalho e meu dia começou. Não sei o que aconteceu hoje por lá, mas o clima estava um tanto apressado. Adoro quando passo o dia inteiro trabalhando, mas hoje a maior parte o trabalho foi operacional e isso me incomoda um pouco. Sei que todo emprego tem a parte operacional, isso ajuda a entender melhor o sistema de como as coisas acontecem, mas realmente não gosto quando percebo que as pessoas têm preguiça de fazer seu trabalho e jogam nas costas dos outros. E hoje meu dia foi basicamente isso.

Para começo de conversa, cheguei no meu trabalho no horário de sempre e a minha chefe chegou razoavelmente mais tarde que eu... nada contra, mas isso está virando costume. Além disso, ela chegou toda feliz porque amanhã ela não vai trabalhar, porque vai viajar com o marido para a praia. Isso não me incomodaria em nada, se não fosse tão frequente e, principalmente, se meu humor não estivesse abalado por causa da dor insuportável que eu estava sentindo do pescoço até o meio das minhas costas.

Por volta das 10h30 eu não aguentei, desci até o ambulatório e tomei um relaxante muscular para ajudar. A enfermeira me deu 4 comprimidos, para tomar de 8 em 8 horas. Ótimo, pelo menos, até amanhã já teria chance da dor infernal passar... Mas quando cheguei lá em cima, a chefe me disse que estava com um pouco de tensão no pescoço e pegou um dos meus comprimidos e disse que, caso até amanhã a minha dor não passasse, era só eu passar no ambulatório e pegar mais remédio. Agora me digam, por que cargas d'água, ela mesma não desceu e pegou um remédio para ela e me deixou com os remédios que eu tinha que tomar???

Não querendo parecer reclamona, ignorei o leve abuso e continuei a trabalhar. Mais uma vez, isso jamais me incomodaria em um dia normal, tenho um relacionamento maravilhoso com a minha chefe, acho ela uma pessoa incrível, mas infelizmente, ela me pegou num dia ruim. Não há nada que incomode mais do que uma dor constante te atrapalhando o dia inteiro...

As horas passam e eu recebo mais e-mails me delegando trabalhos operacionais. Isso é uma coisa que sempre me preocupei, o modo de gestão de pessoas. Sempre pensei que, quando chegar a minha ver de gerir pessoas, antes de jogar trabalhos chatos que, na maior parte das vezes, não vão agradar meus empregados, o mínimo que eu posso fazer é informar diretamente a ele e "perguntar" se ele não se incomodaria. É claro que eu delegaria, mas acho que é uma gentileza que não machuca ninguém, demonstra que você se preocupa com o bem estar do pessoal.

Mas não foi o que aconteceu. E-mail com vários recipientes, comigo como cópia, informando que eu faria várias tarefas que eu não tinha a menor ideia prévia de que seriam minhas responsabilidades... Sem querer soar repetitiva, isso provavelmente não me incomodaria tanto se fosse outro dia, mas hoje tornou meu trabalho um saco de aturar e o que eu mais queria era vir para casa depois de dar algumas lições de liderança para meu gerente.

Final do dia, entrevista marcada para 16h30, já passavam das 17h30 e ainda não tínhamos chamado o coitado do candidato para a sala. Desculpa, mas isso sempre vai me incomodar. Não acho certo, ponto. Sei que estamos numa fase atribulada do mês, que temos muito trabalho para fazer, mas sei como é ficar esperando mais de uma hora para ser entrevistada e nunca é legal. A ansiedade cresce, a frustração aparece e se você não souber lidar bem com isso, não vai conseguir dar seu melhor.

Pouco tempo depois, minha chefe volta e chamamos o candidato para a sala. Finalmente, ponto alto do meu dia. O cara era ótimo - felizmente ele é uma das pessoas que sabem lidar bem com o atraso - e o clima da entrevista foi leve, divertido e não vi o tempo passar. Quando eram mais ou menos 18h30, agradecemos a presença dele, pedimos desculpas pelo atraso e voltamos para nossas mesas.

Em outras ocasiões, eu enrolaria um pouco antes de ir embora, mas hoje não. Nem cheguei a sentar na cadeira. Desliguei meu computador, desejei boa viagem para minha chefe, peguei minhas coisas e fui embora. Não aguentava mais ficar ali. Tudo o que eu queria era vir para minha casa, fumar meu cigarro e assistir minha televisão idiota.

É... tirando a entrevista e o almoço na feira para descontrair e me despedir do estagiário que está indo passar 1 mês viajando o Canadá de ponta a ponta (coitadinho), meu dia realmente foi difícil. A saída agora é tentar relaxar e lembrar que amanhã é sexta-feira, tem jogo do Brasil e, mais tarde, quando chegar em casa, terei visitas cariocas para matar a saudade.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Vestida de mãe

Sempre fui uma pessoa extremamente ligada à minha família, todos os finais de semana eram passados na casa da minha avó, onde todos se reuniam para almoços e jogar conversa fora. Durante essas reuniões, eu, pequena infanta, adorava me aventurar no armário da minha avó.

Eram caixas de cordões e brincos, dezenas de camisolas longas e vários sapatos de salto alto.Nunca fui chegada em mexer nas maquiagens, mas saía do quarto completamente fantasiada de perua, mostrava para todo mundo e voltava para o quarto me arrumar de forma diferente. Podia passar horas fazendo isso e nem percebia quando chegava o momento de ir embora para casa.

Atualmente vejo minha prima pequena fazendo mais ou menos a mesma coisa. Infelizmente para ela, a minha avó não guarda mais as bugingangas que guardava quando eu era criança, mas ainda têm algumas coisas que servem para agitar a criatividade de uma menina no auge dos seus 5 ou 6 anos.

O que nos leva ao dia de hoje.
Hoje estava no trabalho, minding my own business, quando uma das gerentes passou por mim e elogiou a minha camisa. Agradeci e continuei trabalhando... Um pouco mais tarde, a minha chefe chega, senta na mesa ao lado da minha e também elogia a minha camisa.

Essa, por sinal, é uma das vantagens de se morar em São Paulo. Aqui faz frio, podemos usar roupas um pouco mais arrumadinhas e não morrer de calor que nem no Rio de Janeiro. Antes de me mudar para cá, adorava quando era Julho e eu viajava para Campos do Jordão ou algum outro lugar mais frio e podia tirar minhas roupas de inverno do armário e usar sem culpa.

Mas enfim, voltando ao assunto... Minha chefe sentou do meu lado, elogiou a minha camisa e a minha resposta foi "Ah, obrigada! Essa camisa era da minha mãe. :)"

Porque algumas coisas mudam, a gente cresce, monta nossos próprios armários, mas de vez em quando, nada como sair "vestida de mãe".