quarta-feira, 30 de junho de 2010

Artigo em extinção

Acabei de chegar em casa. Hoje foi  um dia extremamente longo, saí de casa às 8h para um treinamento externo e quando acabou, já estava bem cansada, mas não podia deixar passar a oportunidade de ir ao evento da Cia. de Talentos sobre a Empresa dos Sonhos dos Jovens 2010.

Primeiramente, queria deixar aqui minha revolta com o preço do táxi em SP. Quarta, meu dia de rodízio, não pude fazer o roteiro de carro... Fui de táxi de Moema até Itaim Bibi, depois direto até Chácara Santo Antônio e de volta a Moema. Gastei mais de R$100,00. Ainda bem pelo reembolso da empresa, porque senão seria um belo rombo no meu orçamento do mês.

De qualquer modo, não é sobre isso que eu quero falar hoje. Quero falar sobre humildade. É engraçado como a humildade aparece nas pessoas mais inusitadas e está ausente nas pessoas que mais deveriam tê-la.

Vamos ao que interessa. O meu treinamento hoje foi sobre Recrutamento & Seleção por Competências, numa empresa bem legal que eu não conhecia, a Integração Escola de Negócios. O curso é aberto, então havia cerca de 20 pessoas, de diferentes empresas, diferentes estados e diferentes cargos.

Uma das pessoas era uma estagirária de uma empresa não tão pequena, mas que começou com o RH agora e ainda está engatinhando. Até aí, ótimo, toda empresa precisa começar com o RH em algum momento. Mas o que me incomoda é a necessidade de aparecer. Sabe aquelas pessoas que fazem perguntas para mostrar o que sabem e ainda aproveitam para fazer uma propaganda forçada de si próprios? Então. Ela se encaixava perfeitamente nesse quadro.

Mais uma vez, acho muito digno uma pessoa ser confiante em si mesmo, saber seus potenciais, mas não precisa sair alardeando isso para Deus e o mundo no início de um treinamento onde ninguém se conhece direito. É aquele negócio, a primeira impressão é a que fica e nunca é bom deixar a primeira impressão de ser uma pessoa metida e nada humilde. Acabou gerando comentários baixinhos entre os outros participantes que perceberam que aquilo que estava acontecendo não era nada agradável e ainda atrasava o andamento do curso.

Enfim, o primeiro choque passado, começamos a ignorar a característica incômoda e o dia passou sem maiores frufrus. Depois de 8 horas de curso, peguei meu segundo táxi e parti para o evento - que eu não tinha ideia de que seria tão importante e tão grande, o que me deixou um pouco bleh quando cheguei lá de calça jeans e vi todo mundo de vestido e maquiado.

Tentei deixar isso de lado, afinal de contas, minha calça era escura, minha camisa social era arrumadinha e ainda estava de blaser e salto vinho, bastante fashion, devo dizer. Começo a fazer uma social, tomar um prosecco - disse que o negócio era chique - e comer uns salgadinhos, quando ao virar para o lado vejo dona Mônica Waldvogel (bendito Google por me ajudar a escrever esse nome) do meu lado. Comecei a ter uma ideia mais clara de quão bizarro era o evento e continuei, agradecendo por ter vencido a preguiça e dado as caras por lá.

Bastante divetido o coquetel. Mas logo fomos chamados para entrar no salão onde os resultados da pesquisa seriam apresentados e os prêmios distribuidos. Aí começou o real show. A dona da empresa subiu ao palco para apresentar e iniciou falando de como a Cia estava fazendo 20 anos hoje. Contou a história da companhia - linda, por sinal - e chamou o grande incentivador e responsável pelo crescimento de tudo: o antigo diretor de RH da Unilever.

O velhinho subiu ao palco para agradecer a homenagem, um cara que simplesmente era o antigo diretor de RH da Unilever, hoje aposentado, obviamente. Muito fofo, morri de vontade de apertar as bochechas dele!!! E o agradecimento foi emocionante, me peguei chorando e fazendo a minha chefe chorar também. Imensamente humilde, ele falou algo do gênero "Nunca imaginei que, depois de tantos anos, vocês fossem se lembrar de um velho como eu. Realmente, muito obrigado."

Mas não acabou por aí. Apresentação segue e sobe ao palco, ninguém mais, ninguém menos do que Roberto Justus. Nunca fui muito fã do cara, ele estava lá para receber o prêmio de líder dos sonhos dos jovens, mas tenho que admitir que ele me surpreendeu. Mais um cara que tem um mundo de grana, super conhecido por todos pelo seu famoso cabelo e a humildade em pessoa.

Defendeu o Lula, que foi alvo de uma grande comoção quando apareceu entre os top 10 líderes dos sonhos dos jovens, disse que um cara que começou onde ele começou, que chegou onde chegou com a instrução que teve durante a vida, tem mesmo que ser visto como uma inspiração para os jovens, que ele é um homem exemplar e admirável. Claro que não chegou ao ponto de expôr suas opiniões políticas, isso já seria demais, mas fiquei boquiaberta.

Saí de lá antes da premiação das 10 empresas, afinal de contas a minha não estava na lista (completo e total absurdo, por sinal) e o evento já estava atrasado cerca de 1 hora. Além do mais, o lugar estava lotado e eu ainda teria mais uma epopeia até a minha casa, então não queria ter que me engajar numa luta de punhos com alguém por um táxi livre no final de tudo.

Mas resumindo, o causo é esse. Humildade é artigo em extinção hoje. E os papeis estão trocados. Estagiárias com o rei na barriga e CEOs de empresas colossais, humildes...


PS: Segue a lista de resultado das top 10, que acabou de sair:  Empresas dos Sonhos dos Jovens 2010 (vocês não têm noção de como eu discordo de umas 3 delas... ai ai, jovens iludidos. Ano que vem, a minha estará aí - missão para 2011)

terça-feira, 29 de junho de 2010

Back to reality

Cansada. Acho que isso resume bem como eu estou me sentindo hoje. Meus olhos pesam, estou com preguiça de fazer alguma coisa para jantar e por mais que eu esteja com vontade, até procurar o último episódio de True Blood na minha pasta de Downloads e apertar "play" já me parece trabalho demais.

Minha mãe foi embora ontem, depois de um dia cansativo.
Trabalho até as 13h30, um baita trânsito na Bandeirantes que me irritou bastante, um almoço gostoso, mas que não pude aproveitar o suficiente e finalmente o jogo. Admito que estava com uma baixíssima esperança, quase tinha certeza de que iríamos para os pênaltis, se não perdêssemos antes, mas tive uma ótima surpresa.

Acompanhei o jogo com um olho na tv e um olho no laptop, ouvindo os gols primeiramente pelos meus queridos vizinhos que assistiam na televisão aberta e ouvindo as vuvuzelaladas do meu padrasto, que fazia eu e minha mãe pularem de 10 em 10 minutos.

Depois do jogo, hora de prender os porta-retratos (é assim ainda?) na parede. Nunca subestime o trabalho que é colocar qualquer coisa na parede, quando você está lidando com 3 pessoas extremamente perfeccionistas e neuróticas detalhistas. Depois de quase 1 hora, meus 6 quadrinhos estavam pendurados, com minhas 26 fotos já expostas e várias ideias para próximas.

Trabalho feito, hora de jantarmos para eles partirem. Nada demais, já não estava muito feliz, porque sabia que em breve minha casa ia ficar mais vazia. Um risole de queijo com presunto e uma coca zero depois, estávamos de volta em casa, levando as malas para o carro...

Em poucos momentos eles se foram. Foram 3 dias ótimos, aproveitei demais e pude curtir um pouco a minha família que não via há umas 3 semanas, mais ou menos. Provavelmente menos, mas a impressão era de mais.

Agora é hora de encarar minha realidade. Amanhã vou tirar a madeira que está segurando a minha pia do banheiro no lugar e vamos ver se ela realmente colou direito dessa vez - sim, a minha pia estava descolando e toda vez que era usada, caía água na minha gaveta do armário. Caso não esteja resolvido e ela decidir cair de vez, terei que reclamar na loja que vendeu a massa e eu realmente não fui feita para reclamar em lojas. Sempre fui boazinha demais.

Para melhorar, tenho que ligar para a Consul, porque minha geladeira FrostFree está criando poças embaixo da gaveta. Mas isso vou deixar para a semana que vem - voltemos à realidade em doses homeopáticas.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A hard day's night

22h30 e eu já estava me preparando para ir dormir. Meio preocupada com questões cariocas, apelei para recado em caixa postal e rumei para o meu quarto. Morrendo de sono, dia quarta é sempre dia de acordar às 5h40 da matina, então estava planejando uma noite tranquila de sono...

Mas ultimamente muito poucas coisas estão saindo de acordo com o planejado e ontem não seria diferente. Enquanto estava me acomodando na cama, toca o celular. Uma conversa que começou bastante agradável terminou em um clima extremamente pesado e com isso, parte do meu sono foi embora. Pequena parte, é verdade, porque eu estava caindo, mas ainda assim, todo o relaxamento fugiu completamente.

Resumindo, dormi super tensa em uma posição que não deve favorecer muito meu corpo, porque acordei com o meu lado direito completamente travado. Sério, eu estava uma mistura de Darth Vader com Robocop. Não conseguia olhar para o lado, não conseguia levantar o braço direito... Uma graça.

Fui para o trabalho e meu dia começou. Não sei o que aconteceu hoje por lá, mas o clima estava um tanto apressado. Adoro quando passo o dia inteiro trabalhando, mas hoje a maior parte o trabalho foi operacional e isso me incomoda um pouco. Sei que todo emprego tem a parte operacional, isso ajuda a entender melhor o sistema de como as coisas acontecem, mas realmente não gosto quando percebo que as pessoas têm preguiça de fazer seu trabalho e jogam nas costas dos outros. E hoje meu dia foi basicamente isso.

Para começo de conversa, cheguei no meu trabalho no horário de sempre e a minha chefe chegou razoavelmente mais tarde que eu... nada contra, mas isso está virando costume. Além disso, ela chegou toda feliz porque amanhã ela não vai trabalhar, porque vai viajar com o marido para a praia. Isso não me incomodaria em nada, se não fosse tão frequente e, principalmente, se meu humor não estivesse abalado por causa da dor insuportável que eu estava sentindo do pescoço até o meio das minhas costas.

Por volta das 10h30 eu não aguentei, desci até o ambulatório e tomei um relaxante muscular para ajudar. A enfermeira me deu 4 comprimidos, para tomar de 8 em 8 horas. Ótimo, pelo menos, até amanhã já teria chance da dor infernal passar... Mas quando cheguei lá em cima, a chefe me disse que estava com um pouco de tensão no pescoço e pegou um dos meus comprimidos e disse que, caso até amanhã a minha dor não passasse, era só eu passar no ambulatório e pegar mais remédio. Agora me digam, por que cargas d'água, ela mesma não desceu e pegou um remédio para ela e me deixou com os remédios que eu tinha que tomar???

Não querendo parecer reclamona, ignorei o leve abuso e continuei a trabalhar. Mais uma vez, isso jamais me incomodaria em um dia normal, tenho um relacionamento maravilhoso com a minha chefe, acho ela uma pessoa incrível, mas infelizmente, ela me pegou num dia ruim. Não há nada que incomode mais do que uma dor constante te atrapalhando o dia inteiro...

As horas passam e eu recebo mais e-mails me delegando trabalhos operacionais. Isso é uma coisa que sempre me preocupei, o modo de gestão de pessoas. Sempre pensei que, quando chegar a minha ver de gerir pessoas, antes de jogar trabalhos chatos que, na maior parte das vezes, não vão agradar meus empregados, o mínimo que eu posso fazer é informar diretamente a ele e "perguntar" se ele não se incomodaria. É claro que eu delegaria, mas acho que é uma gentileza que não machuca ninguém, demonstra que você se preocupa com o bem estar do pessoal.

Mas não foi o que aconteceu. E-mail com vários recipientes, comigo como cópia, informando que eu faria várias tarefas que eu não tinha a menor ideia prévia de que seriam minhas responsabilidades... Sem querer soar repetitiva, isso provavelmente não me incomodaria tanto se fosse outro dia, mas hoje tornou meu trabalho um saco de aturar e o que eu mais queria era vir para casa depois de dar algumas lições de liderança para meu gerente.

Final do dia, entrevista marcada para 16h30, já passavam das 17h30 e ainda não tínhamos chamado o coitado do candidato para a sala. Desculpa, mas isso sempre vai me incomodar. Não acho certo, ponto. Sei que estamos numa fase atribulada do mês, que temos muito trabalho para fazer, mas sei como é ficar esperando mais de uma hora para ser entrevistada e nunca é legal. A ansiedade cresce, a frustração aparece e se você não souber lidar bem com isso, não vai conseguir dar seu melhor.

Pouco tempo depois, minha chefe volta e chamamos o candidato para a sala. Finalmente, ponto alto do meu dia. O cara era ótimo - felizmente ele é uma das pessoas que sabem lidar bem com o atraso - e o clima da entrevista foi leve, divertido e não vi o tempo passar. Quando eram mais ou menos 18h30, agradecemos a presença dele, pedimos desculpas pelo atraso e voltamos para nossas mesas.

Em outras ocasiões, eu enrolaria um pouco antes de ir embora, mas hoje não. Nem cheguei a sentar na cadeira. Desliguei meu computador, desejei boa viagem para minha chefe, peguei minhas coisas e fui embora. Não aguentava mais ficar ali. Tudo o que eu queria era vir para minha casa, fumar meu cigarro e assistir minha televisão idiota.

É... tirando a entrevista e o almoço na feira para descontrair e me despedir do estagiário que está indo passar 1 mês viajando o Canadá de ponta a ponta (coitadinho), meu dia realmente foi difícil. A saída agora é tentar relaxar e lembrar que amanhã é sexta-feira, tem jogo do Brasil e, mais tarde, quando chegar em casa, terei visitas cariocas para matar a saudade.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Vestida de mãe

Sempre fui uma pessoa extremamente ligada à minha família, todos os finais de semana eram passados na casa da minha avó, onde todos se reuniam para almoços e jogar conversa fora. Durante essas reuniões, eu, pequena infanta, adorava me aventurar no armário da minha avó.

Eram caixas de cordões e brincos, dezenas de camisolas longas e vários sapatos de salto alto.Nunca fui chegada em mexer nas maquiagens, mas saía do quarto completamente fantasiada de perua, mostrava para todo mundo e voltava para o quarto me arrumar de forma diferente. Podia passar horas fazendo isso e nem percebia quando chegava o momento de ir embora para casa.

Atualmente vejo minha prima pequena fazendo mais ou menos a mesma coisa. Infelizmente para ela, a minha avó não guarda mais as bugingangas que guardava quando eu era criança, mas ainda têm algumas coisas que servem para agitar a criatividade de uma menina no auge dos seus 5 ou 6 anos.

O que nos leva ao dia de hoje.
Hoje estava no trabalho, minding my own business, quando uma das gerentes passou por mim e elogiou a minha camisa. Agradeci e continuei trabalhando... Um pouco mais tarde, a minha chefe chega, senta na mesa ao lado da minha e também elogia a minha camisa.

Essa, por sinal, é uma das vantagens de se morar em São Paulo. Aqui faz frio, podemos usar roupas um pouco mais arrumadinhas e não morrer de calor que nem no Rio de Janeiro. Antes de me mudar para cá, adorava quando era Julho e eu viajava para Campos do Jordão ou algum outro lugar mais frio e podia tirar minhas roupas de inverno do armário e usar sem culpa.

Mas enfim, voltando ao assunto... Minha chefe sentou do meu lado, elogiou a minha camisa e a minha resposta foi "Ah, obrigada! Essa camisa era da minha mãe. :)"

Porque algumas coisas mudam, a gente cresce, monta nossos próprios armários, mas de vez em quando, nada como sair "vestida de mãe".

terça-feira, 22 de junho de 2010

As ciências de morar sozinha

Desde que me mudei para São Paulo todo mundo que fica sabendo que sou carioca solta duas perguntas: "Ué, como você largou aquelas praias e veio para cá?" e "E aí? Já se acostumou com a cidade?!".

Para as duas perguntas, sempre tive respostas na ponta da língua. Primeiramente, nunca fui uma carioca fã de praia. Sempre que podia ia à piscina, sempre achei praia um lugar extremamente cheio e não curto ficar procurando um lugar para deitar por horas e quando finalmente encontrar, ter uma figura do meu lado ouvindo funk ou então aquelas crianças super educadas que passam jogando meio quilo de areia na minha cara, enquanto eu estou deitada pegando meu sol e tentando esquecer da vida. Por isso, sempre que fui à praia, ia àquelas mais vazias, onde eu sabia que não ia me irritar.

Para a segunda pergunta, bom... Sempre amei São Paulo. De uns anos para cá, vinha sempre que possível, sempre que o avião estava chegando, ficava extremamente feliz, como se estivesse chegando em casa. Então sim, já me acostumei à cidade, que, se vocês quiserem minha mais sincera opinião, nem é tão diferente do Rio assim...

O que demorou um pouco para eu me acostumar, foi morar sozinha. Não ter alguém presente para conversando quando estivesse sem sono, ou poder correr para a minha mãe, não importasse a hora, para pedir conselhos sobre minha vida amorosa... Companhia foi um problema sério. Mas nada que a TIM não resolva com seu mágico plano Liberty e a facilidade de ligar para qualquer TIM de graça. Isso realmente me ajudou com a questão de não poder falar a qualquer hora.

Pronto, depois que convenci a todos que me importavam mais a passar para a TIM, meu problema de companhia mudou. Ficar em casa sozinha, agora era questão de vontade, poder ficar sozinha e curtir meu momento, colocar os pensamentos em ordem e, caso surgisse pânico, família à distância de um telefonema!

Mas nem tudo estava resolvido! Agora eu precisava me acostumar a fazer tarefas de casa. Quem me conheceu morando no Rio, sabe que eu não lavava louça, nunca tinha lavado a minha roupa (com exceção da época em que morei no Wyoming) e nunca fui muito preocupada se tudo estava no seu devido lugar - tinha a minha baguncinha, e quase sempre me encontrava nela.

Já falei aqui antes, como percebo muitas mudanças em mim. Como sou preocupada com arrumação na minha casa, como gosto das coisas limpas e como percebi ser um tanto territorialista. Aprendi a lavar roupa, a estender roupa no varal (sim, é necessário conhecimento para se estender bem uma roupa) e que lavar louça na água quente é muito melhor para tirar todas as gordurinhas chatas do que se lavasse com água fria.

Acredito que esteja virando uma razoável dona de casa. Digo razoável porque ainda não cozinho. Um dia quem sabe... Por enquanto, nem fogão tenho em casa. Mas isso não me incomoda. É meu estilo de vida, chego cansada em casa, não tenho pique para cozinhar, então um sanduíche (san - du - í - che, vocês paulistas que me perdoem, mas nunca vou me acostumar com "lanche") é sempre a melhor pedida.

Não, nada disso me incomoda mais. A única coisa que realmente me incomoda é trocar o saco plástico na lata de lixo. Por favor! Vocês, pessoas experientes, que fazem isso há muito tempo, existe algum truque? Alguma dica? Uma ciência?! Se existir, por obséquio, me digam!!!

Eu não sei qual é o meu problema, lembro quando eu morava com  a minha mãe, o saco sempre bem arrumadinho na lata, parecia ser feito especialmente para o nosso lixo! Hoje, quando tento fazer a mesma coisa, levo uma surra da lata e quase desisto. Não consigo encaixar o saco na boca do balde que vem na lata, nunca cabe! Encaixa de um lado, sai do outro. Tento segurar meio que dos dois lado, a porcaria do saco plástico rasga, piso no pedal para a tampa ficar aberta, a lixeira escorrega para trás e fecha na minha mão...

Já tive testemunhas dessa luta aqui em casa. Testemunha bastante mão na roda, porque eu realmente desisti, xinguei o lixo algumas vezes e pedi ajuda. E pronto, alguns poucos segundos depois e lá estava o saco plástico arrumadinho na lixeira! Sim, o problema é comigo, eu sei!

Hoje em dia, eu tenho a minha diarista, que troca o lixo lindamente... Resultado? Eu passo as duas semanas tentando usar o mínimo do lixo possível para eu não ter que passar pela experiência traumatizante. Mas é impossível! Uma semana depois e lá está o lixo cheio, pedindo para ser trocado. E lá estou eu, perdendo da lixeira, que nem a Coreia do Norte de Portugal.

Se me perguntarem se eu já me acostumei a morar sozinha, digo que praticamente sim, mas que existem algumas arestas a serem aparadas ainda. Sim, porque eu até consigo arrumar a lixeira, mas até conseguir, até o meu humor já foi pro lixo.

domingo, 20 de junho de 2010

Perdão, por favor, me perdoem.

A todos que estavam próximos a mim na tarde do dia 15/06, minhas mais sinceras desculpas. A todos que tiveram que aturar tão detestável ato, por cerca de uns 20 minutos esparsos, minhas mais sinceras desculpas. A todos que tiveram que ler ou ouvir eu me vangloriando de tal feito, minhas mais sinceras desculpas. A todos que nesses breves momentos tiveram vontade de me bater ou me estrangular, minhas mais sinceras desculpas.

Entretanto, tenho algo que diminui um pouco a minha culpa quanto a tão vis (ou viis?) atos: eram cerca de 15h30, não havia ninguém dormindo - ou pelo menos não deveria haver - e eu esperei até o começo do jogo.

Talvez isso não me livre totalmente do meu erro, mas posso dizer a todos, que meu objetivo não era total e completamente irritá-los. Sim, era um pouco, afinal, todos que cometemos esse crime temos como parte do nosso objetivo, ser chato, incomodar e quem sabe, fazer o resto das pessoas entrar num clima por mero uso da força (força mesmo e não Força - só os mais nerds vão entender, enfim.)

Mas hoje, hoje meus amigos,  eu entendi perfeitamente o sofrimento de vocês.
Hoje, em pleno domingo, dia de acordar a hora que você quiser, ou no meu caso, quase tentar forçar o corpo a dormir um pouco mais, uma vez que abrir os olhos naturalmente às 9h30 em um domingo não é algo aceitável. Hoje, eu entendi.

Hoje eu passei pelo mesmo sofrimento ao qual eu submeti vocês há um pouco menos de uma semana. Hoje entendi os sentimentos destrutivos que nascem de tamanha sofreguidão. Hoje, meus caros, eu fui um de vocês.  Hoje, o caçador virou a caça (eu sei tradicionalmente não é assim, mas faz mais sentido. Go with it.)

Neste dia, 20/06, às 11h30, depois de conseguir convencer meu corpo a se entregar a Morfeu por mais 2 horas aproximadamente, abro os olhos. O motivo já não foi o dos mais agradáveis, não há ninguém no mundo que goste de acordar com vontade de fazer xixi. Tentei me enganar, me fazer esquecer aquela vontade chata e ficar na cama por mais alguns minutos ou quem sabe horas, mas não estava tendo  muito sucesso...

A tentativa ficou ainda mais frustrada quando, de repente, começo a ouvir sinais do crime. Sinais que não saem da cabeça, que fazem você ficar na expectativa de quando ouvirá aquele som de horror novamente. Som que não permite relaxamento, som que trouxe em mim, uma consciência pesada sobre meu comportamento no dia em questão.

Contra minha vontade, sucumbi à força de meus capatazes e saí da cama. Levantei, fui ao maldito banheiro e aproveitei para lavar toda a louça suja que também descansava inocentemente na pia da cozinha.

Ainda escuto os sons de vez em quando. Meus caçadores ainda estão na ativa por aí. Talvez estejam ficando cansados. Talvez estejam guardando o fôlego para daqui a algumas horas, mas ainda percebo tentativas furtivas de tortura aqui e ali.

Então, meus leitores, com esse relato de sofrimento e arrependimento, peço a todos vocês, com o mais humilde e puro dos corações : tenham consciência social, não cometam o mesmo erro que cometi. pois em breve, quando você menos esperar, ele voltará para assombrar vocês em seus momentos mais calmos e tranquilos.

Queridos, usem suas vuvuzelas com parcimônia.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Bons barulhos

 Ontem, enquanto eu me acomodava debaixo do edredon para dormir, ouvi um barulho de madeira do movel da sala. É engraçado como a reação a essas coisas muda com o tempo.

Assim que me mudei para cá, sempre que ia dormir e ouvia o barulho dos móveis ou até mesmo do chão, que é de tábua corrida, me assustava, parecia que tinha mais alguém aqui comigo. Era um certo esforço me concentrar em ir dormir e conseguir relaxar.

Hoje em dia, cada vez que ouço algum barulho da minha casa, acho extremamente reconfortante. É a casa se adaptando a mim, do mesmo modo como me adapto a ela todos os dias em que entro pela porta. Acho que é um pouco o som das coisas encontrando seus lugares.

Sempre fui muito ligada a barulhos. Eu sou uma daquelas pessoas que dorme melhor com um barulhinho no fundo - não uma televisão ligada, porque se tiver isso, vou ficar prestando atenção e tchau tchau sono. Aprender a trocar o barulho do ar condicionado do Rio pelo barulho da rua aqui em São Paulo foi um trabalho meio penoso, porque aqui o barulho não é nem um pouco ritmado e um tanto mais alto, mas enfim, foi mais um trabalho de adaptação.

Lembro quando eu era pequena, minha família tinha uma casa na serra, e eu dormia em um quarto perto da sala, onde os adultos ficavam conversando em frente à lareira. Acho que era um dos sonos mais gostosos que eu tinha, ouvindo todo mundo se divertindo, o barulho da lenha queimando e das chamas ao fundo. Quando acordava, tinha o barulho dos cachorros, do pessoal na cozinha ou na rede, e quando descia para a piscina, tinha o barulho do riacho correndo logo ali do lado.

Acho que foi por isso, entre outras coisas, que senti tanto quando soube que a minha avó tinha vendido aquela casa.

Os barulhos tinham ido embora. Os barulhos que marcaram dias maravilhosos da minha infância tinham ficado para trás e as chances de ouvi-los de novo ficaram limitadas a quase zero. Sinto falta dos barulhos da minha infância em geral, dos barulhos que não têm como voltar; do Colégio, de Cabo Frio, de Itatiaia.

Enfim, deixemos a nostalgia de lado. Pelo menos alguns barulhos da minha infância ainda existem, o almoço de domingo (ou sábado) na casa da minha avó e os mais importantes: os barulhos da casa da minha mãe. É extremamente gostoso saber que esses barulhos eu vou poder ouvir ainda por muito tempo e que estão somente a 6 horas de viagem.

É isso, barulhos vão e deixam saudades, mas em compensação, novos barulhos vão chegando também. Barulhos típicos e próprios do meu trabalho - toques um tanto curiosos de celulares das pessoas em baias ao lado, barulhos do meu carro, barulhos da casa do namorado, que ficam mais familiares conforme o tempo passa.

E quem sabe um dia, alguns barulhos da minha infância que ficaram para trás não voltam a fazer parte da minha vida? Não custa nada sonhar. E enquanto isso não acontece, vou ficando com meus queridos barulhos, esperando a qualquer momento meu apartamento dar mais um sinal de acomodação...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Só Rolling Stones salva

Dia de estréia do Brasil na Copa. Não se fala em outra coisa além da bosta do time do Dunga, da ansiedade em relação à performance dos jogadores e de como todos vamos sair mais cedo do trabalho! Cheguei até mais animada lá na empresa, pensando em em poucas horas, estaria de volta em casa.

Sim, assisti o jogo sozinha na minha casa, porque como vocês sabem (ou deveriam saber se lêem o blog), estou com probleminhas na área financeira e não tenho bala na agulha para pagar 40 contos em uma festa open bar - até porque não tenho muito interesse em ficar doidona em uma tarde da semana - e a balada que eu poderia pagar, 10 contos no Jockey, contava com showzinho de Sertanejo e Pagode... Sim, prefiro assistir em casa.

Não sei porque, mas me parece que, quando sabemos que vamos sair mais cedo do trabalho, cansamos mais cedo. Pelo menos é o que acontece comigo. Normalmente começo a ficar cansada lá pelas 16h, mas hoje, sabendo que às 13h30 eu estaria dando tchau ao trabalho, comecei a ficar cansada pelas 12h... Sonhando com a minha casinha, meu sofá e minha vuvuzela.

13h20, juntei minhas coisitas e parti. Peguei um transitozinho chato na Bandeirantes, mas nada demais e me vi perto de casa. Caros, devo dizer que me surpreendo com a quantidade de carros com bandeirinha do Brasil presa na janela! Incrível!!!

Meu humor não anda grandes coisas, minha cabeça está cheia, algumas coisas a decidir e resolver e isso, para uma pessoa ansiosa, que gosta de tudo resolvido, é um grande pé no saco. Então devo admitir a todos que meu estado de espírito anda meio oscilante. Estava animada para a Copa, mas venhamos e convenhamos, é um jogo de futebol. Eu adoro futebol, mas não acho que só por ser Copa, temos todos que nos reunir e fazer quase retiros.

De qualquer modo, estava animada. Chego em casa, ligo o pc, sento no meu sofá e "blams", ouço um barulho de mola solta. "Caramba! - ou algo bem menos educado do que isso - Só falta a minha diarista ter estragado meu sofá!!!" Sentei, pulei, me mexi de um lado para o outro e o barulho continuava.

Deixei o namorado no Skype em cima da mesa, abri o sofá cama, fechei o sofá cama e pronto, barulho resolvido. Ela provavelmente deve ter deixado ele mal encaixado ou coisa do gênero, sem problemas. Volta com o laptop para o colo, pego meu cel e estamos prontos para o jogo.

Namoro à distância é isso: assistir ao jogo da copa com o namorado pelo Skype.
Morar longe da família é isso: ter celular em mãos para mandar sms comentando o jogo para a mãe.

E lá começa aquela peladinha mais ou menos... Enfim, não vou ficar discutindo o jogo aqui, não sou uma daquelas pseudo técnicas que ficam criando mirabulosas hipóteses de como o Dunga poderia ter arrumado o time para fazer um espetáculo. Sou bem simples em relação a isso. Achei o jogo triste, não foi algo bonito de se ver, mas pelo menos ganhamos nossos 3 pontos.

Jogo acabou, dia seguiu normalmente e o ânimo continua oscilante... Sim, dê tempo ao tempo, tudo vai se resolver, as coisas vão ficar bem, o que for melhor vai acontecer, tudo acontece por um motivo... Já pensei isso milhares de vezes, mas isso só funciona por algumas frações de segundo. Depois já estou de volta com a cabeça pensando em possíveis soluções, em como as coisas vão ficar, o que é melhor para mim e blablablá.

Bom, amanhã é meu rodízio, vou poder dormir até um pouco mais tarde, tentar tirar as preocupações da minha cabeça e focar nos meus queridos Rolling Stones:

"Time is on my side. Yes, it is!"





PS: Já viram o primeiro episódio da 3ª temporada de True Blood? O que acharam?!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Não há lugar como nosso lar...

Finalmente em casa! Depois de uma viagem de 6 horas em uma poltrona leito do Expresso do Sul, que não queria continuar deitada. Sentava na cadeira, apertava o botãozinho, deitava o encosto e me acomodava... Alguns minutos depois, era só querer mudar de posição que lá vinha o encosto, se transformava de leito para executivo e mandava o conforto embora.

Saí do Rio à 00h, morrendo de sono e só fui conseguir dormir depois das 2h. Daí eu pergunto: existe alguma coisa que atrapalhe mais alguém a dormir do que a preocupação de que se precisa dormir logo? É claro que uma discussão pelo telefone e um encosto que não colabora ajudam o sono a fugir, mas nada, na-da é pior do que olhar o relógio, ver o tempo passando e pensar "Ok, 2 horas já se foram, se eu conseguir dormir agora, só tenho 4 horas de sono antes de chegar em casa, me arrumar e ir para o trabalho."

Enfim, o cansaço venceu, em algum momento da madrugada eu ignorei completamente o ângulo desconfortável da poltrona e apaguei. Acordei de um sonho estranho, em que passeava por uma estrada onde as pessoas estacionavam os carros em algumas valas e atravessavam a via vestindo capacetes para descer em um toboágua ou para entrar em um brinquedo digno de Disney... Quando abri os olhos, lá estava a porcaria da Rodoviária. Pensei no frio que sentiria, na fila que pegaria para comprar minha passagem do metrô, no sono que sentiria o resto do dia e saí do bus. No meio da minha viagem no metrô, eu estava tão cansada, com tanto sono, que senti minha pressão indo ao pé, comecei a suar frio e tive que sentar durante alguns minutos para não desmaiar.

Chegando em casa, aproveitei para tomar um banho fervendo, tentativa com sucesso de espantar o sono. Só que uma coisa me veio à mente: hoje era dia diarista! Pronto... Saber que ia passar o dia cansada no trabalho e ainda teria que chegar em casa tarde para arrumar tudo o que a minha diarista desarrumou tirou todo e qualquer ânimo.

Não ia adiantar reclamar, achei melhor encarar tudo logo e parti para a empresa. Não peguei trânsito, cheguei razoavelmente cedo e o dia começou tranquilo. Ia ter sido muito bom se continuasse assim... A discussão do dia anterior continuou, o trabalho estava meio bleh, a ansiedade de chegar em casa e ver como tudo estaria me incomodava e para piorar, recebi uma ligação de cobrança. Lindo dia.

18h e pouquinho, hora de voltar para casa. Algo me dizia para pegar a JK, mas nãããããão, resolvi pegar a Bandeirantes e obviamente tudo estava parado e eu queria fazer xixi. Tudo o que eu mais queria era chegar em casa, descansar, tirar a cabeça dos problemas, tentar decidir o que fazer da minha vida e qual seria o resultado da discussão e comer alguma coisa, afinal de contas, o que os almoços da semana passada tiveram de bom, o de hoje teve de insosso.

Um bom caminho depois, chego em casa. E para minha maravilhosa surpresa, minha maravilhosa diarista aprendeu que eu gosto das coisas em assimétricas e em diagonais!!! Deixou tudo arrumadinho, minha lavadora no lugar certo, minha geladeira no lugar certo... Ai ai, finallmente uma boa notícia, uma coisa acolhedora no meu dia.

Agora vamos ver o que o resto do meu dia guarda para mim. 3 horas de The Mentalist, mais Private Practice e mais um empadão de frango só esperando ser colocado no microondas. Depois de tudo, Morfeu, que tenho certeza, me receberá de braços abertos hoje.

Quanto a discussão? Não sei...
Só sei que finalmente estou em casa e que, caso as coisas tomem um curso não muito agradável, eu tenho outra casa no Rio à distância de um telefonema...

domingo, 13 de junho de 2010

Trabalho, trabalho, trabalho...

Domingo, acabei de acordar. Faz um certo friozinho aqui no Rio, fico imaginando como estará São Paulo amanhã quando chegar, por volta das 6h da manhã. Rodoviária, metrô, táxi, casa, carro, trabalho. Este será meu roteiro... Provavelmente não vou ter nem um tempinho para um cochilo antes de ir para a empresa. Mas afinal de contas, foi exatamente para isso que eu comprei a passagem à 00h06.

Estou numa fase interessante da minha vida. Chego em SP e sinto saudades do Rio e das pessoas daqui. Saio de Sampa e começo a sentir saudade de lá e das pessoas com quem convivo. Finalmente sinto que estou criando raízes na cidade e de não estou mais simplesmente a trabalho.Também, quem conseguiria estar somente a trabalho numa empresa como essa?

Quinta-feira chego na minha mesa e vejo um frasco de KY Ice do lado do meu teclado. Automaticamente penso que isso tem que ser obra da minha "chefe", que deve ter colocado ali simplesmente para me sacanear. Afinal de contas, quando você divide uma baia com alguém por quase 6 meses, todos os tipos de assunto surgem... Olho para a mesa dela e lá se encontra mais um frasco, do lado do teclado. Ok, pelo visto não foi ela. Sigo por todas as mesas procurando por KYs e nada. Só na minha e na dela. Bom, agora só resta esperar e perguntar quem foi, assim que ela colocar os pés aqui. Antes de mais nada, pego o presentinho e guardo na bolsa, afinal de contas, ninguém mais precisa ficar vendo aquilo ali, certo?

Ela chega, eu automaticamente começo a rir e pergunto quem foi a peça que deixou aquilo ali. "Ah, Lak - risos - eu mandei ele colocar na sua gaveta, mas ele disse que me proibia, que tinha que deixar em cima da mesa para todo mundo ver mesmo!!!" "Ok, quem foi?!" "Ah, foi o outro trainee carioca, aquele que sempre vem aqui conversar com a gente, sabe!? Aquela figura? Pois é..."
Não, eu não sabia quem era. Pelo menos não de cabeça. Mas lá é assim, todo mundo brinca com to mundo e o dia segue normalmente.

Hora do almoço. Saio do hall dos fundos e quando coloco meus pés no refeitório vejo que está meio escuro. Claro, hoje é dia do almoço Especial do Dia dos Namorados. Velas foram penduradas em todo o teto, em casa mesa existe uma velinha dentro de um pote com água. O buffet está completamente enfeitado com tulipas roxas e a comida... Ai, a comida... Comida japonesa com direito a diferentes rolls, temakis, yakisoba e blablablá. A sobremesa? Frutas com cascata de chocolate.

Acho que nunca vi pratos tão cheios nas mesas. Para todo lado que eu olhava, pratos e mais pratos que provavelmente resultariam em uns 2kgs a mais no fim do dia. Bom, eu não posso falar muito, porque comi um pouco de tudo. Fazia tempo que estava com desejo de comer japa e se a minha queridíssima empresa quiser me ajudar com isso, não vou reclamar nem um pouquinho.

Alguém pode reclamar de um emprego assim?! A única coisa que eu acho é que eles deviam dar uma pausa nos almoços especiais, porque não tem como manter a cinturinha comendo que nem uma faminta todos os dias... Mas não. Sexta-feira, mais um almoço especial. Agora em homenagem ao começo da Copa! Comida brasileira da mais deliciosa: costelinha de porso com molho barbecue (ok, nem tão brasileira assim, mas vocês entenderam o ponto), com pizza doce para sobremesa.

Mas de qualquer jeito, hoje é domingo. Amanhã é segunda e tomara que essa semana os almoços especiais fiquem on hold.

Opa! Acabei de me lembrar! Terça é dia de jogo e não teremos almoço! Seremos liberados mais cedo... Mas não antes de comer um "lanche da copa"... Algo me diz que teremos pipoca, se não me engano... Saco, mais algumas muitas calorias!

hahahahahahahhahaha
Quem eu estou querendo enganar?! Que venha terça-feira no trabalho!!!
Só espero não ter mais "lembrancinhas" na minha mesa...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Not a Desperate Housewife

 Levantar hoje foi difícil. Dia de rodízio, de acordar às 5h30, levantar às 6h e chegar no trabalho às 7h. Meu despertador tocou e o friozinho gostoso de São Paulo parecia implorar para eu continuar embaixo do meu edredon, abraçada com meu travesseiro.

Peguei um impulso, corri para debaixo do chuveiro com a água na temperatura mais quente possível e fiquei ali curtindo a água quente pensando no dia que vinha pela frente. Saí do banho, me sequei correndo para não congelar - apesar de ter aquecedor, sempre esqueço de levá-lo para o banheiro - e me arrumei, pronta para sair. No caminho para fora do meu apartamento, olhei para a mala no meu quarto esperando para ser desfeita, para o saco de roupa suja esperando para ser lavado e partí.

Resolvi mudar o trajeto para a empresa. Além de exercitar o cérebro, achei que seria interessante procurar um caminho que ocupasse menos tempo, que tivesse menos sinais e quem sabe, menos engarrafamento. Segui em direção à Bandeirantes e lá fui eu, me aventurar e torcer para não me perder e chegar atrasada com uma multa de brinde. Preocupação completamente infundada, porque não só não me perdi, como o caminho é realmente bem mais rápido e, ao invés de chegar às 7h, cheguei às 6h40!

6h40!!! Isso é hora de chegar no trabalho?!
Bom, pelo menos passei por uma funcionária extremamente dedicada, garanto que meu gerente adorou ver que recebeu um e-mail meu antes das sete horas da manhã. Aproveitei o tempo, adiantei meu serviço, passei por blogs, facebook e fóruns e quando menos esperava, o escritório já estava cheio.

Passei o dia matando o tempo trabalhando, participando de reuniões, fechando vagas, conversando, comendo alfajor e rindo horrores com a minha chefe. Mas em nenhum momento, nenhunzinho, a mala e o saco de roupa suja saíram da minha cabeça. Meu plano: chegar em casa, colocar uma música, lavar a roupa e, enquanto a máquina fizesse o trabalho sujo, eu desfazia a mala (afinal, meu Wii estava esperando para ser instalado).

Dia passa, o relógio mostra 16h e pouquinho, arrumo minhas coisas, tiro meu salto 15, coloco meu Crocs e trabalho doméstico, aí vou eu! Marginal, Bandeirantes e em poucos minutos, estou novamente em casa. Adoro morar em Sampa e não ter que pegar aquele trânsito insuportável da 23 de Maio (Maio, né?).

Olho para a minha tv, meu laptop, meu sofá e o desânimo bate. Hora de exercer meu papel de dona de casa. Sempre odiei desfazer mala, minha mãe vivia chamando minha atenção, me lembrando de como aquela mala estava no chão do meu quarto há quase 1 mês e ela não ia se desfazer sozinha... Mas agora a situação é diferente, eu mesma me pego cobrando arrumação. Boa mudança, é engraçado perceber como eu não sou tão bagunceira como pensei que fosse.

Bom, vamos lá. Pegar o saco de roupa suja, separar roupas claras e escuras - hoje foi dia das roupas escuras - nível 3 de água, sabão em pó, alvejante, amaciante, ligar a máquina e pronto! Rumo ao quarto, abro a mala e pronto, momento chato de guardar tudo no armário... Começo a desfazer e me surpreendi, porque para ser sincera, desfazer mala nem é tão chato quanto eu pensava.

Pronto, dever cumprido. Agora posso sentar na frente do laptop, ligar a tv e esperar a roupa terminar de ser lavada. Papo vêm e papos vão no MSN e Gtalk, Felicity na Sony e percebo que a máquina parou de fazer barulho. Momento de estender a roupa no varal e torcer para que com esse frio, ela seque em tempo de guardar antes de viajar na sexta.

Roupa lavada, estendida, mala desfeita e uma sensação incrível. Virar gente grande, ter responsabilidades, aprender a cuidar de mim mesma, olhar ao meu redor e ver a casa arrumada, as roupas cheirosas, a mala vazia, o Wii instalado.

É, realmente eu estou virando uma dona de casa de primeira.
Agora com licença, vou comer um X-Picanha congelado da Sadia, porque aqui em casa não tem fogão...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Rebusquez necessária?

É engraçado. Hoje eu passei por algumas micro fases em relação ao blog. Algo durante o meu dia de trabalho me fez ter uma ótima de ideia de post, ótima ideia que fugiu em algum momento sem deixar rastro. E quando cheguei aqui em casa, sentei em frente ao computador e pensei em escrever, me deparei com um vazio imenso...

Vasculhei a internet em busca de alguma coisa que me inspirasse, mas não encontrei nada. Até me deparei com discussões sobre uma maldita possível torre que querem construir numa ilha no Rio de Janeiro que me irritou profundamente, mas achei que me aprofundar nesse tema seria fuga demais do tema principal no blog.

Entrei no MSN e encontrei um amigo de anos, uma pessoa que o tempo fez o desfavor de afastar de mim. Não, não vou culpar o tempo, nós mesmos nos afastamos. Enfim, lá estava ele, online e resolvi mandar um "oi"  e saber como estava a vida. Ele sempre foi artista, escreve textos que sempre me deixam pasma e sei que, se algum dia eu realmente resolver voltar ao teatro, posso contar com ele na hora. Assim que começamos a nos falar, ele me contou que está tentando caminhar por outros caminhos na arte, escrevendo músicas e achei que seria válido, uma vez que eu era leitora assídua do blog dele, falar sobre o meu.

Continuei pensando na falta do que escrever e comecei a pensar nos tantos outros blogs que se dedicam a conteúdos culturais. Blogs sobre filmes, sobre livros, sobre política, sobre blablablá e nesse momento me questionei sobre o meu conteúdo. Sobre um blog que não tenta fazer arte, mas simplesmente expor sentimentos que nem sempre têm facilidade de serem expostos.

E enquanto esses pensamentos vagavam pela minha cabeça, encontrei um blog de uma pessoa que estudou comigo. Um blog que tem o mesmo objetivo que o meu, expor reflexões e ser uma catarse das ondas que passam por dentro de qualquer um (pelo menos foi isso que me pareceu). Entretanto, isso é feito de uma forma um tanto rebuscada, nos lados de lá. Palavras pensadas, formas complexas e fatos cotidianos... Acho que isso é um vício de uma boa quantidade de psicólogos.

E isso me fez pensar. Será que a rebusquez é necessária nesse mundo de blogs? Será que a partir do momento em que escrevemos fatos cotidanos, mas com finesa literária, o blog sobe de padrão, vira um blog mais respeitável, mais cult? Mais merecedor de leitores, mais entulhado de comentários?

Não sei. A única coisa que sei é que aqui, uma das regras que me impus é de simplesmente escrever. Escrever do modo que sou, com meus vícios de linguagem, com minhas manias e só. E acho que é exatamente por isso que hoje resolvi relaxar, aceitar minha preguiça e simplesmente escrever, sem nenhum fim, sem tentar encontrar alguma lição de morar sozinha, alguma coisa enriquecedora. Escrever, pura e simplesmente.

Bom, ou por isso ou por causa da minha TPM.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Money, it's a gas Grab / that cash with both hands / And make a stash

Não sei bem como falar sobre isso. Na verdade, sempre achei que eu tivesse um controle e uma responsabilidade razoável quando o assunto é dinheiro. Não sou mais uma pessoa que simplesmente compra por comprar - embora tenha tido essa fase durante minha adolescência -,  costumo procurar um pouco pelo mais barato antes de pagar qualquer coisa... Enfim, tomo meus cuidados.

Sair de casa e morar sozinha é o sonho de muitas pessoas e sempre foi o meu. Poder bater no peito e sentir que eu ganho o meu próprio dinheiro, saber que eu trabalho por ele e que ele simplesmente não cai do céu e claro, saber lá no fundo que agora são menos gastos nos bolsos da minha mãe. E é exatamente por isso que o que me aconteceu hoje me irrita tanto.

Final do mês, recebi parte do meu salário, fiz minhas contas, paguei o que devia e, de acordo com o imaginado, teria um dinheirinho razoável para respirar tranquila até o meio do mês. Qual não foi a minha surpresa ao logar no meu banco para pagar a conta do meu celular e perceber que eu estava no negativo? E não umas dezenas, mas umas centenas vermelhas.

Rapidamente entrei no meu extrato e percebi ali, dois cheques debitados que eu simplesmente não lembrava. E lá se foi a felicidade e o senso de independência e maturidade... Ter que ligar para a minha mãe para pedir que ela cubrisse meu saldo foi o ponto baixo do meu dia. Por favor, não pensem que é orgulho, que é vontade de não dar o braço a torcer, porque não é e está longe disso. O que me incomoda é saber que, ao sair de casa e morar sozinha, ao invés de virar uma ajuda e com alguns gastos, eu continuo sendo um cano de fuga, continuo pedindo dinheiro...

Não, eu não fazia a menor idéia de como é complicado controlar todos os gastos, lembrar todo mês exatamente o que vai bater. Principalmente eu, que não consigo me acostumar com o boleto de cheque; acho que excesso de ansiedade, não tenho paciência para preencher, então depois de um tempo, pego o extrato, vejo um débito, pego o boleto e lá está, um belo vazio para não ajudar em absolutamente nada.

Então lá vai um conselho para quem começou a morar sozinho e está provando o gostinho da maravilhosa independência financeira: invente, tire da cartola, mas arranje um jeito de organizar seus gastos, porque a pior coisa é contar com um dinheiro e de repender ver que ele fugiu e que você terá que voltar a ser um pé no saco e tirar dinheiro dos seus pais.

O que me leva a uma meta: terminar esse talão de cheques com todo o boleto preenchido devidamente.

Ê lerê... 

quinta-feira, 3 de junho de 2010

... esse post é só porque, Rio eu gosto de você...

Nada melhor em um feriado de 4 dias, do que fazer as malas (ou mala, no meu caso) e viajar! Levando em consideração a minha situação financeira, não tenho possibilidade de me aventurar em locais longíquos e caros, nem mesmo perto e caros como Campos do Jordão... Então, aproveito a oportunidade e volto para a minha amada Rio de Janeiro.

Corpus Christi, feriado para ver família, namorado e, se tudo der certo e eu me animar a sair de casa, amigos. Meu plano inicial era aproveitar esses dias e pegar uma cor; mesmo não sendo uma carioca comum e fã de praia, depois de 6 meses em São Paulo, sem sentir o calor do sol no corpo nenhuma vez, minha ansiedade era ficar tostando na praia.

Plano completamente frustado, devo dizer, devido ao frio que está fazendo aqui. Mas como estou falando do Rio e o tempo aqui é mais alucinado do que sei-lá-oque, nada impede que amanhã ou sábado faça um calor de rachar e eu me mude temporariamente para a praia do Leblon ou da Macumba.

Deixando os planos de lado, preciso desabafar uma coisa. Sempre me senti parte paulista de coração, amo aquela cidade absurdamente e posso dizer com sinceridade que me sinto em casa lá, mas se tem uma coisa que me incomoda é a imagem distorcida que o povo tem daqui do RJ.

Sim, claro, muitos adoram o sotaque, dizem que a sonoridade é linda e blablablá, mas quando começamos a falar da cidade, a primeira coisa que ouço são reclamações e pavor sobre as favelas, assaltos e balas perdidas. Ah, por favor, viu? Não vou ser hipócrita e dizer que não temos nada disso, mas São Paulo também tem, Recife também tem (talvez não as balas perdidas, mas enfim), Porto Alegre também tem e quase todas as cidades grandes do mundo.

Ah, mas as favelas do Rio são mais vistas? Claro, temos montanhas, mas dá uma caminhada por Sampa e me diz se, de repente, não mais que de repente, você, que estava calmamente em um dos bairros mais nobres, não cai em uma favela das pesadas? O problema é o preconceito criado. E não digo que nós cariocas não temos o mesmo preconceito em relação à Sampa, porque temos. A maior parte de nós acredita que se colocar o pé no chão, vai ser assaltado e que, caso se aventura a sair de carro, vai perder os 2 retrovisores, e se duvidar a bolsa, por causa dos motoboys.

Falo por mim, que tento viver o melhor dos dois mundos sem esquecer dos problemas: há violência sim, em qualquer lugar, mas durantes meus 25 anos, nunca fui assaltada. E desculpe quem diz que isso é balela, mas pelo o que eu vejo por aí, quanto mais você anda com medo pela cidade, se protejendo de tudo e de todos, mais chance você tem de ser alvo de algo.

Então deixemos de lado os medos exagerados e preconceitos de lado e aproveitem as duas cidades que, na minha nada humilde opinião, são simplesmente maravilhosas.

Agora eu vou nessa aproveitar minha estada aqui... Quando voltar para casa, volto a postar.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Elefante Branco

Depois de muita procura, finalmente encontrei meu apartamento perfeito. Quando pensei que os problemas tinham acabado, percebi que teria que mobiliar o apartamento. Inicialmente foi tudo perfeito, ganhei tv, geladeira, máquina de lavar e microondas da minha família. Comprei minha queridíssima cama.

A questão é que moro sozinha em um apartamento de 1 quarto, e meu objetivo era comprar um sofá-cama confortável - na medida que um sofá-cama pode ser - e colocar na sala para receber visitas em finais de semana. Procura vai, procura vem, encontrei na MagazineLuiza um sofá que ficaria lindo na minha sala: branco, dois lugares, encosto reclinável (ótimo para ver televisão).

Depois de mais ou menos uma semana, minha mãe estava aqui em casa me ajudando a arrumar a casa, a encerar a porcaria do chão do meu quarto etc., quando finalmente chega o bendito. Estava esperando ansiosamente, pois teria um lugar para dormir (a minha cama ainda não tinha sido entregue) e porque poderia assistir tv sentada em algo confortável e não mais no chão.

Abro a porta e fico esperando os caras da transportadora. O elevador abre, sai um deles tentando segurar o sofá e o outro continua dentro do elevador, meio que dando a direção. Tirando o sofá lá de dentro, bateram em uns 4 lugares na parede do corredor do prédio, sujando a pintura. No caminho pro meu apartamento, acho que o sofá ficou muito pesado e o carregador da frente tem a super inteligente ideia de vir puxando o sofá pelo braço.

Na hora não me toquei, deixei os caras entrarem, colocarem o sofá no lugar, assinei o documento de entrega e deixei eles irem embora. Fui animadamente tirar o sofá do embrulho e na hora que encostei no braço, percebi que ele estava completamente solto. Não quis acreditar. Fiquei achando que podia ser impressão minha e fui checar o outro braço: perfeito, preso como todo braço de sofá precisa ser.

Liguei para o atendimento ao cliente, expliquei o que tinha acontecido e a resposta que ouvi foi: "Claro, fazemos a troca. Temos o prazo de 1 mês para buscarmos o sofá na sua casa, faremos uma análise e caso o erro realmente tenha sido nosso, mais 1 mês para entregar o novo sofá." Sério, não tenho nada contra uma empresa fazer análise antes de trocas, mas isso significaria que eu ficaria quase uns 3 meses sem sofá.
Como cancelar a compra e comprar um sofá novo seria mais rápido, pedi que cancelassem e que buscassem o sofá.

Saí, fui à Tok&Stok e passeando por lá, encontrei um sofá extremamente parecido com oq tinha comprado, um pouco mais delicado e bem mais barato. Aproveitei que estava por lá, continuei andando e comprei um rack para tv, uma estante, uns vasinhos, umas almofadas e duas girafas lindas.

Uma semana depois, o pessoal da TokStok veio entregar as coisas. Empurro o elefante sofá quebrado para a outra parede, coloco o novo no lugar e tento não me incomodar com o excesso de móveis num apartamento pequeno. Fixo na ideia de que a casa agora está ficando com cara de casa, com minha estante e meus enfeites e meus porta-retratos.

Durante um tempo tudo bem, mas nada de virem buscar o sofá. Ligo para o atendimento ao cliente, eles me informam que vão buscar em breve, que vão pedir urgência. Mais uma semana e nada. Ligo novamente e eles me dizem que em dois dias eles vão buscar. Dois dias passam e nada. Ontem eu estava no trabalho, feliz da vida, e recebo a ligação me avisando que a mesa e as duas cadeiras que encomendei estavam prontas.

Muito bom! Finalmente terei onde comer e colocar meu copo, até agora estava colocando ele em cima da minha Havaianas, pq o chão é de madeira, eu sou fresca e não queria correr o risco de criar um anel no chão. Mas espera um momento! Onde a mesa e a cadeira vão ficar?! Na parede onde o maldito sofá está, esperando ansiosamente que alguém venha buscar.

Ligo para a minha mãe, peço que por favor, ela ligue para a MagazineLuiza e reclame pela milésima vez. Eu também ligo e explico a situação. Finalmente eles me informam que sem falta amanhã (hoje) eles buscam o sofá.

Chego em casa, a mesa e as cadeiras são lindas, mas estão em frente ao meu querido sofá-cama que funciona. Sinceramente, nem tem tanto problema, porque amanhã terei espaço suficiente para elas. E elas vão ficar perfeitas em frente à minha parede amarela.

Hoje meu dia foi extremamente cansativo, mas só de chegar em casa e ver que o elefante branco havia sido levado embora de volta para seu habitat natural, fiquei mais leve e descansada. Passei o conjunto para o lugar devido, passei meu laptop para cima da mesa e aqui estou eu, postando para vocês (existe algum vocês?) e vendo Two and a Hal Men.

Lição: sempre, mas sempre checar a encomenda antes do entregador ir embora. E tentar não me incomodar tanto com os riscos no chão de madeiras que eles fizeram levando o traste para fora de casa.