terça-feira, 8 de junho de 2010

Rebusquez necessária?

É engraçado. Hoje eu passei por algumas micro fases em relação ao blog. Algo durante o meu dia de trabalho me fez ter uma ótima de ideia de post, ótima ideia que fugiu em algum momento sem deixar rastro. E quando cheguei aqui em casa, sentei em frente ao computador e pensei em escrever, me deparei com um vazio imenso...

Vasculhei a internet em busca de alguma coisa que me inspirasse, mas não encontrei nada. Até me deparei com discussões sobre uma maldita possível torre que querem construir numa ilha no Rio de Janeiro que me irritou profundamente, mas achei que me aprofundar nesse tema seria fuga demais do tema principal no blog.

Entrei no MSN e encontrei um amigo de anos, uma pessoa que o tempo fez o desfavor de afastar de mim. Não, não vou culpar o tempo, nós mesmos nos afastamos. Enfim, lá estava ele, online e resolvi mandar um "oi"  e saber como estava a vida. Ele sempre foi artista, escreve textos que sempre me deixam pasma e sei que, se algum dia eu realmente resolver voltar ao teatro, posso contar com ele na hora. Assim que começamos a nos falar, ele me contou que está tentando caminhar por outros caminhos na arte, escrevendo músicas e achei que seria válido, uma vez que eu era leitora assídua do blog dele, falar sobre o meu.

Continuei pensando na falta do que escrever e comecei a pensar nos tantos outros blogs que se dedicam a conteúdos culturais. Blogs sobre filmes, sobre livros, sobre política, sobre blablablá e nesse momento me questionei sobre o meu conteúdo. Sobre um blog que não tenta fazer arte, mas simplesmente expor sentimentos que nem sempre têm facilidade de serem expostos.

E enquanto esses pensamentos vagavam pela minha cabeça, encontrei um blog de uma pessoa que estudou comigo. Um blog que tem o mesmo objetivo que o meu, expor reflexões e ser uma catarse das ondas que passam por dentro de qualquer um (pelo menos foi isso que me pareceu). Entretanto, isso é feito de uma forma um tanto rebuscada, nos lados de lá. Palavras pensadas, formas complexas e fatos cotidianos... Acho que isso é um vício de uma boa quantidade de psicólogos.

E isso me fez pensar. Será que a rebusquez é necessária nesse mundo de blogs? Será que a partir do momento em que escrevemos fatos cotidanos, mas com finesa literária, o blog sobe de padrão, vira um blog mais respeitável, mais cult? Mais merecedor de leitores, mais entulhado de comentários?

Não sei. A única coisa que sei é que aqui, uma das regras que me impus é de simplesmente escrever. Escrever do modo que sou, com meus vícios de linguagem, com minhas manias e só. E acho que é exatamente por isso que hoje resolvi relaxar, aceitar minha preguiça e simplesmente escrever, sem nenhum fim, sem tentar encontrar alguma lição de morar sozinha, alguma coisa enriquecedora. Escrever, pura e simplesmente.

Bom, ou por isso ou por causa da minha TPM.

1 comentários:

navegante dos arquivos perdidos disse...

Não ouse mais me dizer que você não faz arte, que você não tem talento, que você me agradece por gostar, mas que seus textos não merecem notoriedade. Isso tá foda, muito bom, adorei. A última frase dá um twist mais que especial além de ser engraçado. Não é fácil ser engraçado.

Eu olho tudo isso e penso que te amo cada vez mais. Então não venha me dizer que isso não é arte. É arte. E das boas.

Te amo, Lucas