segunda-feira, 14 de junho de 2010

Não há lugar como nosso lar...

Finalmente em casa! Depois de uma viagem de 6 horas em uma poltrona leito do Expresso do Sul, que não queria continuar deitada. Sentava na cadeira, apertava o botãozinho, deitava o encosto e me acomodava... Alguns minutos depois, era só querer mudar de posição que lá vinha o encosto, se transformava de leito para executivo e mandava o conforto embora.

Saí do Rio à 00h, morrendo de sono e só fui conseguir dormir depois das 2h. Daí eu pergunto: existe alguma coisa que atrapalhe mais alguém a dormir do que a preocupação de que se precisa dormir logo? É claro que uma discussão pelo telefone e um encosto que não colabora ajudam o sono a fugir, mas nada, na-da é pior do que olhar o relógio, ver o tempo passando e pensar "Ok, 2 horas já se foram, se eu conseguir dormir agora, só tenho 4 horas de sono antes de chegar em casa, me arrumar e ir para o trabalho."

Enfim, o cansaço venceu, em algum momento da madrugada eu ignorei completamente o ângulo desconfortável da poltrona e apaguei. Acordei de um sonho estranho, em que passeava por uma estrada onde as pessoas estacionavam os carros em algumas valas e atravessavam a via vestindo capacetes para descer em um toboágua ou para entrar em um brinquedo digno de Disney... Quando abri os olhos, lá estava a porcaria da Rodoviária. Pensei no frio que sentiria, na fila que pegaria para comprar minha passagem do metrô, no sono que sentiria o resto do dia e saí do bus. No meio da minha viagem no metrô, eu estava tão cansada, com tanto sono, que senti minha pressão indo ao pé, comecei a suar frio e tive que sentar durante alguns minutos para não desmaiar.

Chegando em casa, aproveitei para tomar um banho fervendo, tentativa com sucesso de espantar o sono. Só que uma coisa me veio à mente: hoje era dia diarista! Pronto... Saber que ia passar o dia cansada no trabalho e ainda teria que chegar em casa tarde para arrumar tudo o que a minha diarista desarrumou tirou todo e qualquer ânimo.

Não ia adiantar reclamar, achei melhor encarar tudo logo e parti para a empresa. Não peguei trânsito, cheguei razoavelmente cedo e o dia começou tranquilo. Ia ter sido muito bom se continuasse assim... A discussão do dia anterior continuou, o trabalho estava meio bleh, a ansiedade de chegar em casa e ver como tudo estaria me incomodava e para piorar, recebi uma ligação de cobrança. Lindo dia.

18h e pouquinho, hora de voltar para casa. Algo me dizia para pegar a JK, mas nãããããão, resolvi pegar a Bandeirantes e obviamente tudo estava parado e eu queria fazer xixi. Tudo o que eu mais queria era chegar em casa, descansar, tirar a cabeça dos problemas, tentar decidir o que fazer da minha vida e qual seria o resultado da discussão e comer alguma coisa, afinal de contas, o que os almoços da semana passada tiveram de bom, o de hoje teve de insosso.

Um bom caminho depois, chego em casa. E para minha maravilhosa surpresa, minha maravilhosa diarista aprendeu que eu gosto das coisas em assimétricas e em diagonais!!! Deixou tudo arrumadinho, minha lavadora no lugar certo, minha geladeira no lugar certo... Ai ai, finallmente uma boa notícia, uma coisa acolhedora no meu dia.

Agora vamos ver o que o resto do meu dia guarda para mim. 3 horas de The Mentalist, mais Private Practice e mais um empadão de frango só esperando ser colocado no microondas. Depois de tudo, Morfeu, que tenho certeza, me receberá de braços abertos hoje.

Quanto a discussão? Não sei...
Só sei que finalmente estou em casa e que, caso as coisas tomem um curso não muito agradável, eu tenho outra casa no Rio à distância de um telefonema...

5 comentários:

Danieli Dagnoni disse...

Sei como é! E outra dormir em ônibus é um ó!
Espero que tenhas tido uma boa noite ontem =D

diasemfim disse...

As melhores coisas da vida acontecem no intervalo m, naquele instante da vid aque a gentenao presta bastante atenção. Viver é mais um somatório dessas pequenas coisas do que algum grande acontecimento 11!!!!! cONTINUE VIVENDO QUE NO FIM DA LINAH VC VAI ESTICAR ESSA CORDA MAIS QUE A MAIORIA DE NÓS !!!!!!!


BJOS .......E CONTINUE SEMPRE:)

Unknown disse...

Beleza!
Como você pode ver, da mesma forma que morar sozinha, fazer um faxina perfeita na casa de outra pessoa exige aprendizado.
E, pelo visto, sua faxineira aprende rápido. Invejinha...

navegante dos arquivos perdidos disse...

isso é realmente algo invejável. A daqui de casa ta aqui a seculos e ainda não aprendeu a deixar as coisas como eu as quero...

beijos mil, meu amor

Rafa disse...

Uma das coisas que mais gosto nos teus textos... É o fato e conseguires expressar perfeitamente na escrita... Aquilo que está acontecendo no teu cotidiano.